Envelhecimento: com qual idade alguém realmente se torna velho?
A ciência desvenda o mistério do envelhecimento: quando é que alguém se torna velho?
Longe estão os dias em que a idade de uma pessoa era adivinhada por meras observações visuais. Uma equipe de pesquisadores da Universidade de Stanford transformou nossa compreensão do envelhecimento. Dessa forma, demonstrando que é possível prever a idade biológica de um indivíduo com uma precisão surpreendente ao analisar os níveis de proteínas circulantes no sangue.
Assim, esse método desafia as noções convencionais sobre o envelhecimento. Além disso, promete transformar as abordagens na medicina preventiva e no tratamento de doenças relacionadas à idade.
Desvendando os segredos da velhice através da ciência
A pesquisa, liderada por Tony Wyss-Coray, Ph.D., professor de neurologia e ciências neurológicas e co-diretor do Centro de Pesquisa da Doença de Alzheimer de Stanford, juntamente com Benoit Lehallier, Ph.D., analisou o plasma sanguíneo para estudar os níveis de cerca de 3.000 proteínas.
Assim, descobriram que 1.379 dessas proteínas mudam significativamente com a idade. Além disso, um conjunto de 373 foi suficiente para prever a idade dos participantes com grande precisão.
O estudo publicado na Nature Medicine destaca como, ao contrário da crença popular, o envelhecimento não se dá de maneira uniforme e contínua. Na verdade, ele segue um padrão mais complexo e dinâmico.
Leia mais: Quer ser um homem de alto valor? 7 hábitos que deveria adotar
Um relógio biológico revelador
A análise revelou que existem três fases críticas na vida humana — aos 34, 60, e 78 anos — onde as mudanças nas proteínas são particularmente notáveis, indicando pontos de inflexão no processo de envelhecimento.
Então, isso sugere que o envelhecimento pode ser mais bem compreendido como uma série de transições biológicas, em vez de um declínio gradual e constante.
Curiosamente, quando a idade prevista baseada nos níveis de proteínas era significativamente mais jovem do que a idade cronológica real, os indivíduos tendiam a estar em condições de saúde excepcionais para sua idade.
Outra descoberta notável do estudo é a diferença significativa no envelhecimento entre homens e mulheres. Dos marcadores proteicos analisados, 895 mostraram-se mais preditivos para um sexo do que para o outro, ressaltando a necessidade de abordagens de tratamento diferenciadas.
Assim, esta observação valida a política dos Institutos Nacionais de Saúde dos EUA, que desde 2016 enfatiza a inclusão de mulheres em ensaios clínicos e considera o sexo como uma variável biológica essencial.
Leia mais: É possível ser feliz no trabalho? Com esses 5 hábitos é, sim!
Rumo a aplicações clínicas e preventivas
Embora a utilização prática dessa descoberta para intervenções clínicas ainda esteja a alguns anos de distância, ela sinaliza um futuro promissor. Isso em relação ao diagnóstico precoce de doenças relacionadas à idade e ao desenvolvimento de estratégias personalizadas de tratamento.
A análise proteica no sangue não só pode identificar indivíduos em risco de envelhecimento acelerado mas também auxiliar na busca por terapias eficazes para retardar este processo.
Gostou deste conteúdo? Continue nos acompanhando através de outros conteúdos como este aqui no site Mundo Em Revista!
Comentários estão fechados.