Escavações em Luxor encontram moedas de Alexandre, o Grande

Escavações em Luxor encontram moedas históricas, blocos decorados e tumbas de figuras importantes do Egito Antigo

Pesquisadores do Egito anunciaram achados fascinantes no sítio arqueológico de Deir al-Bahari, em Luxor.

Após escavações ao longo de três anos, moedas de bronze com o rosto de Alexandre, o Grande, além de blocos decorados da Rainha Hatshepsut, foram descobertos, destacando a importância histórica da região.

Alexandre III da Macedônia, conhecido como Alexandre, o Grande, nasceu em Pela em 356 a.C. Filho do rei Filipe II e aluno do filósofo Aristóteles, tornou-se rei aos 20 anos, após o assassinato de seu pai em 336 a.C.

Durante seu reinado, liderou campanhas militares que resultaram na conquista de um vasto império, estendendo-se da Grécia ao Egito e até o noroeste da Índia. Além disso, ele fundou diversas cidades chamadas Alexandria, promovendo a disseminação da cultura grega. Alexandre faleceu em 323 a.C., na Babilônia, aos 32 anos, sem sofrer derrotas em batalha.

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Moedas de Alexandre, o Grande são artefatos raros

As moedas, datadas do período de Ptolomeu I, um dos generais de Alexandre, foram encontradas em tumbas da região. Alexandre, famoso por liderar um dos maiores impérios da Antiguidade, teve sua imagem cunhada em moedas que circularam amplamente durante o domínio helenístico no Egito.

Ptolomeu governou o Egito após a morte de Alexandre e desempenhou um papel significativo na consolidação do período helenístico, que combinou elementos da cultura grega e egípcia. Dessa forma, as moedas ajudam a compreender a influência desse período no Egito Antigo.

Blocos decorados e o templo de Hatshepsut

Outro destaque foi a descoberta de 1.500 blocos de baixo-relevo decorados com representações da Rainha Hatshepsut e de Tutmés III. Esses blocos, preservados com suas cores originais, retratam cenas de rituais religiosos e oferecem novos detalhes sobre o templo mortuário da rainha, que governou o Egito entre 1479 e 1458 a.C.

Ademais, sob o templo, foram encontrados também ferramentas cerimoniais gravadas com o nome de Hatshepsut, reforçando seu legado como uma das figuras mais significativas do Egito Antigo.

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Túmulos de oficiais importantes

As escavações revelaram túmulos de oficiais de alta patente da 18ª dinastia, incluindo o supervisor do palácio da Rainha Tetisheri, Djehuti Mes. Ele serviu durante o reinado de Amósis I, que liderou a libertação do Egito dos hicsos.

Entre os artefatos encontrados nos túmulos estavam caixões de madeira, alguns contendo arcos e flechas, possivelmente ligados às campanhas militares da época. Esses achados reforçam o papel de Amósis I como fundador da 18ª dinastia e um dos responsáveis pela unificação do Egito.

Nesse sentido, Luxor, antiga Tebas, continua sendo uma das áreas mais ricas em descobertas arqueológicas no Egito. A necrópole da região já revelou inúmeros templos e tumbas que oferecem pistas sobre a complexidade social e política do Egito Antigo.

Segundo o arqueólogo Zahi Hawass, responsável pelas escavações, esses achados contribuem para “reconstruir a história” e ampliar a compreensão sobre as dinastias egípcias e suas interações com outros impérios.

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Impacto histórico e cultural

Assim, as moedas de Alexandre, os blocos decorativos e as ferramentas cerimoniais não apenas enriquecem o conhecimento histórico, mas também conectam diferentes períodos e culturas que moldaram o Egito.

Com novas escavações em andamento, o futuro promete ainda mais descobertas intrigantes. Afinal, o Egito Antigo continua a revelar segredos que desafiam e ampliam nossa visão sobre o passado.

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