
Ilha paradisíaca de Malta vira alvo de protestos por colapso turístico! Veja mais!
O excesso de turistas transforma Comino em um cenário caótico, revelando os efeitos negativos do turismo de massa em paraísos naturais
O excesso de turistas no verão em Comino, uma pequena ilha entre Malta e Gozo, transformou um paraíso natural em símbolo da crise do turismo de massa.
Com apenas 3 km por 5 km de extensão, o local ficou famoso pelas águas cristalinas da Lagoa Azul e por ter servido de cenário para filmes como O Conde de Monte Cristo e Troia. Contudo, a explosão de visitantes nos últimos anos acendeu alertas sobre a preservação ambiental.
Paisagem deslumbrante, mas sob pressão
Durante o inverno, Comino ainda lembra os tempos tranquilos em que gaivotas e águas cristalinas dominavam a paisagem. Entretanto, no verão, a realidade é outra. Multidões se aglomeram nas poucas áreas disponíveis, os resíduos se acumulam e o impacto sobre a vegetação e fauna local é evidente. Barcos a motor com música alta completam o cenário de estresse ambiental.

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Guias locais relatam que muitos turistas saem frustrados. O que deveria ser um paraíso tranquilo se transforma em uma experiência caótica. A popularidade nas redes sociais impulsionou o volume de visitantes, muitos dos quais chegam apenas em busca de fotos. Para Colin Backhouse, criador da página Malta Holiday Experiences, o local perdeu seu charme original.

Ativismo força mudança de rota
Em 2022, o grupo Moviment Graffitti promoveu ações diretas na ilha, retirando espreguiçadeiras e protestando contra a privatização de espaços públicos. Essa campanha fez com que as autoridades agissem, incluindo Comino na rede Natura 2000, um programa de proteção ambiental da União Europeia.
Confirme publicado no Portal BBC, neste ano, o governo maltês limitou o número de visitantes por barco a 5 mil por dia. Embora essa medida seja uma conquista, especialistas como Mark Sultana, da BirdLife Malta, destacam que a ação ainda não resolve todos os problemas da ilha. Eles defendem a implementação de controle de acesso por ingresso e um plano claro de preservação ecológica.
O excesso de turistas no verão em Comino expõe os riscos do turismo mal planejado. Além disso, casos como o de Comino não são isolados. Locais como Veneza e Atenas também adotaram medidas para conter o turismo de massa. Portanto, o desafio agora é encontrar formas de promover viagens responsáveis, garantindo que os destinos continuem atraentes sem comprometer o futuro de seus ecossistemas.
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Dessa forma, a ilha tenta se reequilibrar, buscando um modelo mais sustentável que preserve seu valor natural e cultural para o futuro.
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