O Brasil foi destaque no Festival de Cannes 2025 com duas premiações importantes. Veja mais!
Kleber Mendonça Filho e Wagner Moura colocam o Brasil em destaque no Festival de Cannes 2025 com O Agente Secreto premiado
O Festival de Cannes 2025 confirmou seu papel como uma vitrine do cinema mundial. Embora a crítica e o público tenham apresentado uma diversidade de reações, várias obras foram reconhecidas por seu impacto narrativo e estético. Isso já indica os possíveis nomes que devem dominar a temporada de premiações, incluindo o Oscar de 2026. Como tem acontecido frequentemente nos últimos anos, Cannes mais uma vez apresentou produções que têm potencial para se manterem relevantes nos meses seguintes.
Um dos grandes momentos da edição foi o reconhecimento ao cinema brasileiro: “O Agente Secreto”, dirigido por Kleber Mendonça Filho, garantiu ao cineasta o prêmio de Melhor Direção, enquanto Wagner Moura recebeu o prêmio de Melhor Ator pelo mesmo filme.
Sob a presidência da atriz francesa Juliette Binoche, o júri do 78º Festival de Cannes contou com nomes de várias nacionalidades e visões artísticas. Ao final da mostra, foram divulgados os vencedores entre os títulos da Competição Oficial, compondo uma seleção que reflete a vitalidade e a complexidade do cinema atual.
Vencedores do Festival de Cannes 2025
“Affeksjonsverdi” – Joachim Trier (Noruega)
- Gênero: Drama familiar
- Prêmio: Grande Prêmio (Grand Prix)
Vencedor do prêmio de melhor filme em Cannes 2025, “Affeksjonsverdi” acompanha as irmãs Nora e Agnes no reencontro com o pai distante, Gustav, um ex-diretor renomado que oferece a Nora um papel em seu aguardado filme de retorno.
Quando ela recusa, descobre que o papel foi entregue a uma jovem estrela de Hollywood, o que acirra os conflitos familiares. Agora, as irmãs precisam lidar com a complexa relação com o pai, e com a presença de uma intrusa que altera profundamente a dinâmica entre eles.

“It Was Just an Accident” – Jafar Panahi (Irã)
- Gênero: Drama político
- Prêmio: Palma de Ouro
Jafar Panahi retorna com uma obra que mescla humor ácido e crítica social. Assim, o filme conta a história de ex-prisioneiros políticos que sequestram um homem, acreditando ser seu torturador, e enfrentam dilemas sobre vingança e perdão. Filmado clandestinamente em Teerã, a produção reflete as experiências do diretor sob o regime iraniano e sua persistência artística diante da repressão.
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“In die Sonne schauen” – Mascha Schilinski (Alemanha)
- Gênero: Drama histórico
- Prêmio: Prêmio do Júri (Ex-Aequo)
A narrativa acompanha quatro gerações de mulheres em uma fazenda no norte da Alemanha, mostrando como suas vidas se entrelaçam ao longo do tempo. Com um modo sensível, o filme evidencia a transmissão de traumas e a resiliência feminina diante das adversidades históricas.

“Sirât” – Óliver Laxe (Espanha/França)
- Gênero: Drama espiritual
- Prêmio: Prêmio do Júri (Ex-Aequo)
A obra segue um pai e seu filho em busca da filha desaparecida no deserto do Marrocos, mergulhando em uma jornada de autoconhecimento e espiritualidade. Com uma estética contemplativa, o filme aborda temas como fé, perda e reconciliação e a conexão entre o ser humano e o ambiente natural.
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“O Agente Secreto” (The Secret Agent) – Kleber Mendonça Filho (Brasil)
- Gênero: Thriller político
- Prêmios: Melhor Direção; Melhor Ator (Wagner Moura)
Ambientado no Brasil de 1977, o filme acompanha Marcelo, um especialista em tecnologia que retorna a Recife durante o regime militar. Assim, ao tentar reconstruir sua vida, ele se vê envolvido em uma rede de espionagem e repressão estatal. A produção evidencia a vigilância e o controle social da época, apresentando uma narrativa que mistura suspense e crítica política.

“Jeunes Mères” – Jean-Pierre e Luc Dardenne (Bélgica)
- Gênero: Drama social
- Prêmio: Melhor Roteiro
O filme retrata a vida de cinco adolescentes em um abrigo para jovens mães, mostrando os desafios da maternidade precoce e a busca por autonomia. Com uma abordagem realista, os irmãos Dardenne oferecem uma visão íntima das dificuldades enfrentadas por essas jovens em uma sociedade que frequentemente as marginaliza.
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“La Petite Dernière” – Hafsia Herzi (França)
- Gênero: Drama de amadurecimento
- Prêmio: Melhor Atriz (Nadia Melliti)
Baseado no romance autoficcional de Fatima Daas, o filme acompanha Fatima, uma jovem muçulmana que inicia seus estudos em Paris e enfrenta conflitos entre sua fé, identidade sexual e os valores familiares. A atuação de Nadia Melliti foi reconhecida por sua sensibilidade e profundidade na representação dessas complexas questões identitárias.
“Kuang Ye Shi Dai” (Resurrection) – Bi Gan (China)
- Gênero: Drama de ficção científica
- Prêmio: Prêmio Especial do Júri
Em um mundo pós-apocalíptico onde a humanidade perdeu a capacidade de sonhar, uma mulher desperta de uma cirurgia cerebral e encontra um androide inativo. Ao compartilhar histórias com a máquina, ela revive memórias e questiona a natureza da realidade e da consciência.
“I’m Glad You’re Dead Now” – Tawfeek Barhom (Palestina/França/Grécia)
- Gênero: Drama
- Prêmio: Palma de Ouro de Curta-Metragem
Dois irmãos retornam à ilha de sua infância, onde segredos enterrados e tensões não resolvidas os forçam a confrontar um passado sombrio que os une. O curta-metragem explora temas de perda e reconciliação, abordando a complexidade das relações familiares.
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“Ali” – Adnan Al Rajeev (Bangladesh/Filipinas)
- Gênero: Drama
- Prêmio: Menção Especial de Curta-Metragem
Em uma cidade costeira onde mulheres são proibidas de cantar, um adolescente participa de uma competição de canto para ter a chance de se mudar para a cidade, escondendo sua verdadeira voz de maneira sinistra. Assim, o filme aborda questões de identidade e pertencimento em uma sociedade repressiva.
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