De quanto tempo livre você precisa para ser feliz?

Qual a medida certa de tempo livre que precisamos?

Na jornada em busca da felicidade, um aspecto frequentemente explorado é o impacto do tempo livre.

A pesquisa conduzida por Sharif, Mogilner e Hershfield em 2021 e publicada no “Journal of Personality and Social Psychology”, analisando respostas de dezenas de milhares de indivíduos, fornece um panorama sobre a quantidade de lazer ideal para a felicidade.

O estudo sugere que tanto a falta quanto o excesso de tempo livre podem ter implicações negativas para o nosso bem-estar emocional, lançando luz sobre a complexidade dessa relação.

A insuficiência e o excesso do tempo livre

A análise dos dados revelou que dispor de menos de duas horas de lazer diariamente está diretamente ligado a um aumento do estresse.

Esse cenário é comum entre pessoas assoberbadas por obrigações trabalhistas, domésticas e de cuidado, que acabam por ter um espaço muito reduzido para atividades de relaxamento ou prazer, comprometendo a sensação de contentamento.

De maneira surpreendente, o estudo descobriu que ter mais de cinco horas de tempo livre por dia pode provocar uma sensação de falta de produtividade, que por sua vez diminui a felicidade.

Isso ocorre porque muitos indivíduos associam a satisfação à realização de tarefas e ao alcance de metas, aspectos que podem ser minimizados em longos períodos de descanso.

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A qualidade do tempo livre é fundamental

A pesquisa enfatiza que a forma como se usa o tempo livre exerce um papel essencial na promoção da felicidade. Atividades consideradas produtivas, como esportes em equipe ou trabalho voluntário, se praticadas durante cinco ou mais horas diárias, podem manter ou até elevar os níveis de satisfação.

Em contraste, o lazer passado em solidão por períodos extensos tende a reduzir o bem-estar. Importante destacar que interações sociais durante o lazer apresentam um efeito positivo na felicidade.

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O equilíbrio ideal entre atividade e descanso

Os resultados sugerem que menos de duas horas de tempo livre são insuficientes para a felicidade. Assim como mais de cinco horas são demasiadas. Então, a faixa entre duas e cinco horas constitui o equilíbrio perfeito.

Portanto, tal equilíbrio reflete a necessidade de uma combinação harmoniosa de atividades estimulantes e momentos de relaxamento. Visando uma vida mais gratificante.

Além disso, aprofundando, a pesquisa revela que aposentados que encontram novas formas de engajamento, como o voluntariado ou a adesão a grupos sociais, reportam níveis mais altos de felicidade.

Ainda, da mesma forma, férias que misturam estimulação (como caminhadas ou mergulho) e relaxamento tendem a ser mais satisfatórias.

Por fim, essas descobertas ressaltam que, para o lazer ser verdadeiramente recompensador, deve haver um equilíbrio entre atividade e inatividade, reiterando que mais tempo livre não se traduz automaticamente em mais felicidade.

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