Chronoworking: como a nova tendência pode mudar seu trabalho?
Tendência sugere que o trabalho seja realizado no horário mais produtivo de cada profissional
Em um mundo onde o tempo se tornou um recurso cada vez mais valioso e escasso, surgem novas abordagens para otimizar a produtividade e o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal. Assim, uma dessas abordagens emergentes é o “Chronoworking”, uma tendência que busca maximizar a eficiência ao alinhar as atividades diárias com os ritmos naturais do corpo humano.
Ao invés de seguir rigidamente um cronograma tradicional de trabalho das 8h às 17h, o Chronoworking propõe uma abordagem mais flexível e personalizada. Nele as tarefas são realizadas em sincronia com os picos de energia e concentração de cada indivíduo.
Entenda o que é a modalidade de trabalho ‘Chronoworking’
Antes de mais nada, o Chronoworking se baseia na idealização da jornalista Ellen C Scottem. Além de em estudos científicos que comprovam a influência do ritmo circadiano no desempenho humano. Esse ritmo biológico interno, de aproximadamente 24 horas, regula diversas funções corporais. Por exemplo, sono, vigília, temperatura corporal e níveis de hormônios.
No contexto do trabalho, o Chronoworking defende que cada indivíduo deve ter a autonomia de ajustar sua rotina de trabalho de acordo com seu ritmo circadiano.
Isso significa que as “corujas”, mais produtivas à noite, podem iniciar suas atividades mais tarde. Enquanto as “cotovias”, que se sentem mais dispostas pela manhã, podem começar o dia mais cedo.
Primeiramente, é essencial compreender o conceito de cronótipos pessoais, que se refere aos horários naturais em que cada indivíduo prefere dormir. Segundo o psicólogo clínico e especialista em sono, Michael Breus, existem quatro linhas de cronótipos.
Cerca de 55% das pessoas se identificam como produtivas na metade do dia, preferindo atividades intensas entre as 10h e as 14h. Em contrapartida, aproximadamente 15% são mais produtivas pela manhã, enquanto 10% mostram um ápice de produtividade durante a noite.
Este último grupo inclui pessoas nas quais o ritmo circadiano pode variar consideravelmente. Portanto, é comum que muitos indivíduos se vejam obrigados a trabalhar fora de seus horários de pico de produtividade.
Segundo uma pesquisa realizada pela My Perfect Resume em janeiro, dentre 1.500 entrevistados, 94% confirmaram essa realidade. Destacando que 77% deles sentem que as horas padrão de trabalho afetam negativamente seu desempenho profissional.
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Apesar das variações nos cronótipos individuais, a adoção do Chronoworking enfrenta desafios devido à legislação trabalhista padrão, como o horário fixo das 9h às 17h nos Estados Unidos.
Questões como reuniões de equipe e supervisão tornam-se obstáculos, exigindo adaptações para garantir a colaboração e a disponibilidade dos membros.
No entanto, empresas como a Flexa já estão experimentando esse modelo, exigindo que os funcionários estejam em atividade durante o horário das 11h00 às 15h00, permitindo a realização eficiente de tarefas compartilhadas.
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