Quem é mais feliz, os jovens ou os mais velhos? Ciência responde
Em que faixa etária a felicidade é mais presente? Veja o que a ciência diz
A questão da felicidade é uma das mais intrincadas e fascinantes da condição humana. No entanto, uma interrogação particularmente interessante que frequentemente surge é se a juventude desfruta de uma felicidade superior à de pessoas mais velhas.
É uma questão que desperta curiosidade e também implica implicações sociais e psicológicas significativas. Enquanto alguns podem argumentar que a juventude está repleta de entusiasmo e vitalidade, outros defendem que a maturidade traz consigo uma serenidade e sabedoria que conduzem a uma felicidade mais profunda e duradoura.
Afinal, o que dizem as pesquisas sobre a felicidade entre jovens e velhos?
A felicidade, esse estado subjetivo tão desejado e, por vezes, elusivo, é alvo de estudo e especulação incessantes. Assim, uma questão particularmente intrigante que tem provocado debates é se a idade tem influência sobre a felicidade das pessoas.
Segundo uma pesquisa feita pelo Bank of America, em colaboração com o instituto de pesquisa Nielsen, existe uma tendência interessante: as pessoas tendem a se tornar mais felizes à medida que envelhecem. No entanto, essa relação não é linear e não implica que a felicidade aumente a cada novo ano.
Surpreendentemente, o estudo revelou que os níveis mais baixos de bem-estar e felicidade ocorrem em torno dos 50 anos. Esse é o ponto em que muitos indivíduos começam a lidar com preocupações sobre a aposentadoria, o envelhecimento e questões de saúde. Assim, torna-se evidente que a felicidade, nem sempre, é uma característica dos mais velhos em todas as etapas da vida.
Enquanto isso, os jovens, particularmente aqueles na faixa dos 20 anos, ocupam o segundo lugar no ranking que mede a felicidade. O Bank of America sugere que isso se deve à sensação de ter um vasto caminho para percorrer, o que gera uma sensação de segurança em sobre seu futuro financeiro.
Porém, isso não que dizer que a juventude esteja imune ao sofrimento emocional. Por exemplo, um estudo publicado no Jornal de Psiquiatria Clínica e divulgado pela revista Time mostrou que os jovens na fase adulta tendem a alcançar níveis mais altos de ansiedade, estresse e depressão, além de menor bem-estar e satisfação.
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A questão é mais complexa do que parece
Além disso, a análise do ranking de felicidade mundial conduzido pela ONU acrescenta outra camada de complexidade a essa discussão.
Em média, os mais velhos, nascidos antes de 1965, são mais felizes do que aqueles que nasceram após 1980. No entanto, o Brasil apresenta uma exceção interessante, com os jovens brasileiros são considerados mais felizes do que a população de mais idade.
Assim, esses dados destacam a natureza complexa da felicidade em relação à idade. Enquanto o envelhecimento pode trazer uma aceitação mais profunda de si mesmo e uma perspectiva de vida mais ampla, os desafios e pressões enfrentados pela juventude também não devem ser subestimados.
Em última análise, a felicidade é uma experiência individual e complexa, moldada por uma variedade de fatores que vão além da idade.
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