Calendário mais antigo do mundo pode comprovar evento cósmico devastador ocorrido há 13 mil anos

Estudo sugere que o calendário solar mais antigo do mundo pode comprovar um evento cósmico devastador que ocorreu há cerca de 13 mil anos

O local arqueológico de Göbekli Tepe, na Turquia, pode ser mais do que um simples sítio histórico. Segundo pesquisadores da Universidade de Edimburgo, esse local abriga o que pode ser o calendário solar mais antigo do mundo e possíveis registros de um evento cósmico devastador que ocorreu há cerca de 13 mil anos.

Göbekli Tepe, situado na Turquia, é um dos sítios arqueológicos mais antigos e fascinantes do planeta, datando de aproximadamente 9600 a.C. Descoberto em 1994, este complexo de pedras monumentais desafia nossa compreensão sobre a civilização. Isso porque foi construído por caçadores-coletores antes do advento da agricultura e das cidades.

Os pilares esculpidos, organizados em círculos, apresentam intrincados relevos de animais e símbolos, sugerindo rituais e crenças espirituais desenvolvidas. Göbekli Tepe oferece uma visão surpreendente das capacidades humanas em um período tão remoto da história.

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Evento mudou o clima e a humanidade

Göbekli Tepe fascina não apenas por sua estrutura imponente, mas também por sua história, que pode estar ligada às origens da civilização como a conhecemos. De acordo com o novo estudo, um dos pilares do local possui 365 marcações em forma de “V”, sugerindo a contagem dos dias divididos em 12 meses lunares e 11 dias adicionais, conhecidos como epagômenos.

No entanto, a descoberta mais impressionante pode ser outra. Em outro pilar, imagens da chuva de meteoros Táuridas atravessando as constelações de Aquário e Peixes parecem contar a história de um cometa que impactou a Terra, provocando o período do “Dryas recente”. Essa fase, que durou cerca de 1.200 anos, caracterizou-se por um resfriamento climático abrupto e severo, afetando drasticamente a vida no planeta.

Os cientistas especulam que a movimentação dos meteoros pode ter sido a causa de mudanças severas no clima. Esse evento levou à extinção de grandes mamíferos, como o mamute, e ao desaparecimento do povo Clóvis na América do Norte. Ademais, o estudo sugere que Göbekli Tepe pode ser um memorial desses tempos turbulentos, servindo como um lembrete permanente das forças poderosas da natureza.

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Habitantes de Göbekli Tepe

Martin Sweatman, autor do estudo, afirma que “os habitantes de Göbekli Tepe eram observadores atentos do céu, o que é compreensível, dado que seu mundo foi devastado pelo impacto de um cometa.” O evento alterou até mesmo a agricultura e as atividades religiosas.

Este estudo, embora ainda sujeito a debates e contestações por parte de alguns pesquisadores, abre novas perspectivas sobre como eventos cósmicos podem ter influenciado diretamente a evolução humana e cultural.

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