Este detalhe na garrafa de água pode aumentar sua pressão arterial
Pesquisa aponta riscos à saúde associados ao uso de garrafas plásticas.
Beber água em garrafinha de plástico pode parecer inofensivo. Porém, um novo estudo da Danube Private University, na Áustria, revelou que essa prática pode elevar a pressão arterial. A pesquisa, publicada na revista Microplastics, sugere que os microplásticos presentes nas garrafas podem entrar na corrente sanguínea, causando esse aumento.
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Itens do nosso cotidiano que podem conter microplásticos
Microplásticos, pequenos fragmentos de plástico com menos de cinco milímetros, estão presentes em diversos alimentos e itens que consumimos diariamente. Frutos-do-mar, como peixes e mariscos, são frequentemente mencionados, pois esses organismos podem ingerir microplásticos presentes nos oceanos. Além disso, o sal marinho também pode conter esses fragmentos devido à contaminação das águas. Outra fonte é a água potável, tanto da torneira quanto engarrafada, que pode conter partículas resultantes do processo de tratamento ou do próprio plástico das garrafas.
Também, alimentos embalados em plástico, como produtos industrializados, podem absorver microplásticos durante o armazenamento. Bebidas como chá e café, especialmente quando preparados com sacolas de chá de plástico ou cápsulas de café, também são fontes potenciais. Mesmo o ar que respiramos pode conter microplásticos, que acabam sendo inalados e ingeridos. Complexo certo?
Essas partículas estão, portanto, cada vez mais presentes em nosso cotidiano, seja pela ingestão direta de alimentos contaminados ou pela exposição a produtos que contêm ou são embalados em plástico.
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Efeito dos microplásticos da garrafinha de plástico na pressão arterial
Durante o estudo, pesquisadores observaram que, ao trocar a água consumida de garrafinha de plástico e de vidro por água da torneira, houve uma redução na pressão arterial dos participantes. Assim, essa descoberta sugere que diminuir o uso de plásticos poderia contribuir para a redução da pressão arterial, possivelmente pela menor quantidade de microplásticos circulando no sangue.
Nesse sentido, os cientistas destacam que a diminuição da ingestão de microplásticos pode reduzir o risco de doenças cardiovasculares. Embora o estudo tenha contado com apenas oito voluntários, seus resultados indicam que o uso de garrafinhas de plástico pode estar associado a riscos significativos para a saúde do coração. Para confirmar essa hipótese, os pesquisadores sugerem estudos mais amplos, com monitoramento detalhado dos níveis de microplásticos no sangue.
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Riscos dos microplásticos no corpo humano
A ameaça dos microplásticos vai além da pressão arterial. Eles são encontrados em diversos ambientes, inclusive no corpo humano, como na placenta e nas artérias obstruídas por gordura. A ingestão dessas partículas pode causar inflamações, alterações hormonais e problemas no sistema imunológico e reprodutivo.
Essas descobertas reforçam a necessidade de reconsiderar o uso de produtos plásticos no cotidiano, especialmente em itens que entram em contato direto com alimentos e bebidas. Afinal, reduzir o consumo de plásticos não somente contribui para a saúde cardiovascular, mas também minimiza a exposição a outros efeitos nocivos dos microplásticos.
Portanto, a pesquisa chama a atenção para a importância de mudanças nos hábitos de consumo, incentivando a busca por alternativas mais seguras e sustentáveis.
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