Hikikomori se espalha pelo mundo. Você sabe do que se trata?
Começado no Japão, problema já se espalha pelo mundo.
Você sabia que no Japão, cerca de 541 mil pessoas se isolam completamente do convívio social? Essa condição, conhecida como hikikomori, revela indivíduos que, em muitos casos, passam anos sem sair de casa. O fenômeno, inicialmente observado como peculiaridade cultural japonesa, está se mostrando global, com casos identificados nos EUA, Coreia do Sul, Espanha, entre outros.
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O perigo do hikikomori
O hikikomori consiste em um isolamento físico e social intenso, associado a significativo sofrimento psicológico. Estudos sugerem que, embora muitos atribuam esse isolamento à influência da tecnologia moderna, a realidade é mais complexa e inclui fatores como pressões sociais e expectativas familiares desmedidas. No Japão, a cultura da vergonha e um ditado que diz “O prego que se destaca leva martelada” exemplificam as rígidas normas sociais que podem contribuir para o problema.
No contexto internacional, pesquisadores como Alan Teo, da Universidade de Saúde e Ciência de Oregon, desafiam a noção de que o hikikomori é exclusivamente japonês. Dados de outras nações apontam para a existência de casos semelhantes, indicando que o problema pode ser mais sobre a natureza humana e menos sobre particularidades culturais.
Embora a tecnologia, especialmente a internet e os videogames, seja frequentemente criticada por aprofundar o isolamento, especialistas argumentam que ela também pode ser uma ferramenta para reintegrar os hikikomoris à sociedade. Por exemplo, o jogo Pokemon Go foi citado como um recurso útil para encorajar algumas pessoas a sair de casa, graças à sua mecânica de realidade aumentada que incentiva a exploração do mundo real.
Os tratamentos para hikikomori variam tanto quanto os próprios casos. Desde terapias intensivas em domicílio até a utilização de robôs para reintroduzir interações sociais de maneira controlada, o objetivo é restaurar a autoestima e as habilidades sociais dos afetados. Além disso, a utilização de redes sociais como ferramenta de terapia à distância está sendo explorada, mesmo com ressalvas sobre sua eficácia limitada.
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Por que é importante evitar o isolamento e quais as principais estratégias para combatê-lo?
Evitar o isolamento é fundamental para manter a saúde mental e emocional em equilíbrio. Conectar-se com outras pessoas, seja por meio de interações diárias simples ou relações mais profundas, ajuda a prevenir o sentimento de solidão e os efeitos negativos que ele pode trazer, como a depressão e a ansiedade.
Assim, manter o convívio social ativa uma rede de apoio essencial para enfrentar os desafios da vida, permitindo que as pessoas compartilhem experiências, obtenham conselhos e encontrem consolo em momentos difíceis. Além disso, contribui para o desenvolvimento de habilidades interpessoais, que são vitais para a autoestima e para a construção de um senso de pertencimento.
Dessa forma, participar de atividades comunitárias, frequentar eventos sociais ou mesmo manter contato regular com amigos e familiares são maneiras eficazes de evitar o isolamento. Mesmo quando você não deseja sair e interagir, é importante lugar contra essa vontade. Ignorar esses vínculos pode levar ao isolamento extremo, como o observado no hikikomori, onde o distanciamento social se torna uma barreira para a recuperação emocional.
No mais, saiba que você não está sozinho e, ao buscar manter-se conectado com o mundo ao redor, mesmo que de forma gradual e confortável, é possível prevenir e combater o isolamento extremo e seus impactos nocivos, promovendo uma vida mais equilibrada e saudável.
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