Megatsunami de 200 metros atinge Groenlândia. Veja mais!
Pesquisadores revelam detalhes de um tsunami que gerou ondas de 200 metros.
Um megatsunami atingiu a Groenlândia em setembro de 2023, mas o evento passou despercebido na época. Cientistas do Centro Alemão de Pesquisa em Geociências (GFZ) revelaram recentemente que o tsunami ocorreu no fiorde Dickson, na parte oriental da Groenlândia.
As ondas, que chegaram a 200 metros de altura, foram causadas por um deslizamento de rochas. No entanto, as consequências desse fenômeno só foram identificadas meses depois.
Deslizamento de rochas desencadeia megatsunami
O megatsunami foi gerado por um gigantesco deslizamento de rochas, que se desprendeu de uma altura de aproximadamente 400 metros. Ao cair no fiorde, a rocha liberou uma quantidade de energia colossal, suficiente para formar ondas de 200 metros que se propagaram pela região.
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Além disso, o impacto foi tão intenso que originou uma segunda onda, conhecida como seiche, que fez com que as águas do fiorde oscilassem por cerca de uma semana. Esse fenômeno é raro e geralmente ocorre em áreas onde grandes volumes de água se deslocam abruptamente.
Um fiorde é uma formação geográfica típica de regiões montanhosas costeiras, resultante da ação de geleiras. Trata-se de um vale profundo, com paredes íngremes, esculpido pelo movimento do gelo e posteriormente submerso pela água do mar. Fiordes são comuns em países como Noruega e Nova Zelândia, oferecendo paisagens espetaculares e ambientes marinhos únicos.
A descoberta desse megatsunami só aconteceu graças à análise de sinais sísmicos detectados em estações espalhadas pelo mundo, incluindo lugares tão distantes quanto a Alemanha e os Estados Unidos.
Esses sinais, que apresentavam características únicas, chamaram a atenção dos cientistas, levando-os a investigar a origem do evento. Posteriormente, ao combinar os dados sísmicos com imagens de satélite, os pesquisadores conseguiram reconstruir a sequência dos acontecimentos.
Mudanças climáticas como possível causa
Embora a causa específica do deslizamento de rochas ainda não esteja totalmente esclarecida, os cientistas suspeitam que o aquecimento global e o consequente derretimento do permafrost possam ter desempenhado um papel significativo.
Com a perda de gelo permanente, as encostas rochosas e as geleiras da Groenlândia tornam-se cada vez mais instáveis, aumentando o risco de deslizamentos e, consequentemente, de tsunamis como este.
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Assim, este megatsunami serve como um exemplo do impacto global que eventos em regiões remotas podem ter. A análise dos sinais sísmicos forneceu dados valiosos que podem ajudar a monitorar eventos semelhantes no futuro, permitindo uma resposta mais rápida e eficaz.
Os pesquisadores acreditam que o estudo desse evento pode contribuir para a compreensão das mudanças ambientais em regiões polares e seus efeitos no mundo todo.
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