Quais são as duas fases mais felizes da vida, segundo a ciência?
Descubra quando somos mais felizes e como a idade influencia nosso bem-estar emocional
Todos nós enfrentamos os altos e baixos na vida, né? Ou seja, acontecimentos imprevisíveis na saúde, dinheiro, família e carreira. Tudo isso, sem dúvida, impacta diretamente nosso bem-estar. Mas, afinal, será que a felicidade se distribui ao longo dos anos? A resposta é… sim! Segundo a ciência, inclusive, há especificamente duas fases mais felizes da vida.
A felicidade, segundo a psicologia, não é algo que se deve perseguir incessantemente. Pelo contrário, trata-se de um estado de espírito que se associa a emoções positivas. Para os filósofos, é o objetivo final do ser humano, mais relativo à forma como vivemos do que ao destino que alcançamos.
Ademais, a felicidade se define pelos eventos e situações que satisfazem nossas necessidades. Por isso, devemos entender que a felicidade é algo que precisamos construir, aproveitando o momento em que ela surge.
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As fases mais felizes da vida: a famosa crise da meia-idade
Com isso em mente, os economistas e professores David Blanchflower e Andrew Oswald investigaram por anos a relação entre a felicidade e a idade. A princípio, o objetivo era entender os padrões da felicidade humana.
Como o foco do grupo estava na economia, queriam descobrir se o dinheiro realmente torna as pessoas mais felizes. Neste sentido, descobriram que, na maturidade, especialmente entre os 40 e 50 anos, as pessoas tendem a sentir mais inseguranças e preocupações.
Essa sensação é popularmente conhecida como a “crise da meia-idade”. E é interessante que isso varia também geograficamente. De acordo com os economistas, a infelicidade atinge seu pico por volta dos 47 anos nos países desenvolvidos. Ainda, aos 42 anos nos países em desenvolvimento.
Mas, afinal, quais são as fases mais felizes da vida? Conforme o estudo, intitulado “O bem-estar tem formato de U ao longo do ciclo de vida?” são a infância e o período após a meia-idade, ou seja, depois dos 50 anos.
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Por que a maturidade influencia na felicidade?
Jonathan Rauch, autor do livro “The Happiness Curve: Why Life Gets Better After Midlife”, explica que, à medida que envelhecemos, nossos cérebros se tornam mais resistentes ao estresse. Ele aponta que nos tornamos menos arrependidos, mais positivos e emocionalmente estáveis.
Ademais, valorizamos mais o presente, conectamos melhor com as pessoas e até ganhamos certa proteção contra o impacto emocional da perda de saúde. Algo com o qual os pesquisadores concordam. O grupo afirma que, após os 50 anos, o cérebro fica mais receptivo às coisas boas.
Isso é algo que nos permite apreciar mais os pequenos prazeres da vida. Essa tendência é observada em pessoas de todos os gêneros, estados civis e condições econômicas.
Deste modo, embora algumas pessoas sofram mais que outras, os dados mostram que o efeito médio é significativo. Ninguém sabe exatamente por que essa constância existe.
Apesar das conclusões dos economistas sobre as fases mais felizes da vida (infância e pós-meia-idade), outras pesquisas, como a de autoria da Universidade de Michigan, sugerem que os jovens de hoje são mais infelizes.
A academia americana analisou o comportamento de mais de um milhão de adolescentes. Nisso, descobriu que a felicidade dos jovens começou a cair a partir de 2012. Saiba mais, aqui.
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