Por que o Japão tem tantos terremotos?
O país começou o ano com um tremor de magnitude 7.5 na escala Richter, além de alerta de tsunami gigante na costa oeste
O ano começou com a notícia de uma sequência de terremotos na costa oeste do Japão. Em consequência, houve alertas de tsunamis, mesmo que ondas gigantes tenham afetado algumas cidades. Doze anos após a tragédia em Fukushima (e outras tantas), surge a pergunta: por que o Japão tem tantos terremotos?
Por que o Japão tem tantos terremotos (e tsunamis)?
O Japão é conhecido por sua cultura milenar, tecnologia de ponta e beleza natural. No entanto, o país também é notícia por sua alta atividade sísmica.
A razão pela qual o Japão tem tantos terremotos está na sua localização em pleno Anel de Fogo do Pacífico. Trata-se de uma região que circunda o Oceano Pacífico e é conhecida por sua alta incidência de terremotos e vulcões.
O Anel de Fogo consiste principalmente pela colisão de várias placas tectônicas. Em resumo, são grandes blocos da crosta terrestre que estão em constante movimento. Quando essas placas colidem, liberam energia que pode causar terremotos.
No caso do Japão, duas placas tectônicas principais se encontram: a placa do Pacífico e a placa Eurásia. A placa do Pacífico, a mais densa, está subindo sob a placa Eurásia, e essa colisão é responsável pela maioria dos terremotos que ocorrem no país.
Vale lembrar que, segundo o Serviço Geológico do Japão, a área onde duas placas tectônicas colidem se chama “zona de subducção”. E o Japão está justamente em uma delas. Ou seja, outro fator que contribui para os inúmeros terremotos no país.
De forma geral, as placas tectônicas podem deslizar umas sobre as outras de forma tranquila, gerando pequenos tremores. No entanto, quando partes delas ficam bloqueadas, o estresse aumenta e é eventualmente liberado em um grande terremoto, atividade vulcânica e a formação de trincheiras oceânicas.
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Por que os tsunamis acontecem?
Além do susto e da destruição causada pelos terremotos, o Japão sempre deve ficar alerta para tsunamis gigantes. Mas por que isso ocorre?
Em resumo, tsunamis são ondas gigantes que têm sua origem em distúrbios no fundo do oceano, como terremotos, erupções vulcânicas ou deslizamentos de terra.
Essas ondas se propagam a grandes velocidades, mas têm baixa amplitude em águas profundas. No entanto, quando se aproximam da costa, a água começa a diminuir de profundidade, fazendo com que elas se elevem rapidamente.
A altura das ondas pode aumentar ainda mais à medida que se aproximam da costa, causando inundações e danos significativos. Portanto, o fato de o Japão ter tantos terremotos justifica a ocorrência dos tsunamis.
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Maiores terremotos do Japão
A pergunta sobre por que o Japão tem tantos terremotos surge devido às ocorrências catastróficas no país. Embora o mais recente tenha tido uma magnitude de 7.5 na escala Richter, que mede a atividade sísmica, o maior deles ocorreu em 2011.
O terremoto de Tohoku de 2011, com magnitude 9.1 na escala Richter, foi o mais forte já registrado no Japão. Ocorreu em 11 de março de 2011, na região de Honshu, devido ao deslocamento da placa do Pacífico sob a placa Eurásia, a uma profundidade de 24 km.
Para ter uma noção, o tremor foi sentido em todo o país e causou danos significativos em áreas costeiras. Além disso, resultou em um tsunami com até 40 metros de altura, que atingiu a costa do Japão.
O evento causou mais de 15.000 mortes e deixou centenas de milhares de pessoas desabrigadas. Por fim, o terremoto de Tohoku levou ao acidente nuclear em Fukushima.
Em resumo, em um único dia, o país foi atingido por um terremoto, um tsunami e um acidente nuclear, todos de grandes proporções.
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