A Mente brilhante que tentou prever o século XXI: John Watkins

Conheça as previsões feitas em 1900 para o ano 2000 por John Elfreth Watkins. Veja o que se concretizou e o que não se realizou

Você já se perguntou como seria o mundo se pudéssemos prever o futuro com precisão? Em 1900, o engenheiro John Elfreth Watkins Jr. fez exatamente isso em um artigo publicado no “The Ladies’ Home Journal” intitulado “O que pode acontecer nos próximos cem anos”.

Ele se aventurou a imaginar como seria o mundo no ano 2000. Enquanto algumas de suas previsões eram otimistas e outras absurdamente imprecisas, algumas se mostraram surpreendentemente corretas.

The Ladies’ Home Journal foi uma revista americana voltada para o público feminino, lançada em 1883 por Cyrus H.K. Curtis e sua esposa, Louisa Knapp. Focada em temas como moda, família, culinária e saúde, tornou-se uma das publicações mais influentes do século XX, sendo reconhecida por seu impacto cultural e por abordar questões sociais importantes.

Agora, vamos conhecer esses vislumbres do futuro que Watkins nos proporcionou e conferir o que se concretizou e o que permaneceu apenas na imaginação.

Previsões de 1900 e o que realmente aconteceu no ano 2000

A desaparição das letras C, Q e X

Primeiramente, Watkins previu que as letras C, Q e X desapareceriam do alfabeto por se tornarem desnecessárias devido à adoção da ortografia fonética e palavras abreviadas.

Embora ele não tenha acertado completamente, a internet realmente encurtou palavras e introduziu gírias. Contudo, essas letras ainda estão firmemente presentes tanto no inglês quanto no português.

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Carros serão mais baratos que cavalos

Ele imaginou um mundo onde os carros substituiriam os cavalos, não apenas em uso, mas também em custo. Watkins estava correto ao prever a obsolescência dos cavalos para transporte diário, mas errou ao afirmar que os carros seriam mais baratos. Mesmo hoje, carros representam investimentos consideráveis, embora haja cavalos de raça que valem fortunas.

Todo mundo vai andar 16 Km

Watkins previu que o exercício seria tão essencial que todos precisariam caminhar 16 km diariamente, começando desde o berçário. Embora as aulas de Educação Física sejam comuns nas escolas, ninguém é obrigado a percorrer essa distância para ser considerado apto.

Fotografias reproduzirão todas as cores da natureza

Aqui, Watkins acertou em cheio. A fotografia colorida elevou essa arte a outro nível, permitindo que as imagens capturassem a riqueza de todas as cores da natureza de forma fiel e deslumbrante.

Nenhum alimento será exposto

Watkins previu que frigoríficos de ar líquido manteriam os alimentos frescos, e qualquer venda de alimentos expostos ao ar seria penalizada. Embora a refrigeração moderna tenha avançado consideravelmente, ainda compramos muitos alimentos frescos expostos em mercados e feiras.

Não haverá animais selvagens

Ele acreditava que os animais selvagens desapareceriam, restando apenas aqueles em cativeiro e criados para alimentação. Felizmente, ele estava errado, e a diversidade da vida selvagem ainda prospera em muitas partes do mundo, apesar dos desafios de conservação.

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Vegetais cultivados pela eletricidade

Watkins imaginou que a eletricidade transformaria o inverno em verão e a noite em dia na agricultura. Hoje, a tecnologia de cultivo em estufas e iluminação artificial aproveita a eletricidade para melhorar a produção agrícola, tornando essa previsão uma realidade parcial.

John Elfreth Watkins Jr. demonstrou que, embora o futuro seja difícil de prever com precisão, algumas ideias realmente se concretizam, enquanto outras permanecem como meras curiosidades.

Essas previsões nos fazem refletir sobre a velocidade e a direção do progresso humano, e como a imaginação pode, por vezes, alinhar-se com a inovação tecnológica.

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