Como evitar a ressaca? A ciência tem algumas informações para você

Pesquisadores revelam o que pode ou não evitar os sintomas da ressaca

Quem nunca se viu enfrentando uma ressaca após uma noite de diversão? Esse incômodo pós-festa é uma realidade para muitos, e as estratégias para evitá-lo ou reduzi-lo variam amplamente, às vezes envolvendo mitos e informações contraditórias.

Diante disso, pesquisadores têm se empenhado em desvendar os segredos por trás da ressaca, ajudando a distinguir o que realmente funciona daquilo que é apenas especulação.

Pesquisa revela o que pode evitar ressaca

Antes de mais nada, realizou-se um estudo na University Hospital Wuppertal, na Alemanha. Quem o conduziu foi o Dr. Kai O. Hensel e seus colegas, pesquisadores do Helios. Assim, realizou-se um experimento meticuloso para investigar como a ordem da ingestão de álcool poderia afetar os sintomas da ressaca.

Além disso, no estudo havia três grupos. Ele envolveu 90 estudantes universitários com idades entre 19 e 40 anos. Assim, cada grupo foi submetido a diferentes sequências de ingestão de álcool: um grupo começou com cerveja e depois passou para vinho, outro fez o inverso, e um terceiro grupo serviu como controle, bebendo somente vinho ou apenas cerveja.

Durante o experimento, os participantes foram monitorados enquanto bebiam. Além disso, receberam água e refeições padronizadas. Após a ingestão de álcool, eles foram autorizados a dormir no ambiente do estudo.

No outro dia, o questionaram sobre a intensidade dos sintomas da ressaca. Por exemplo, sede, tontura, cansaço e enjoo, classificando-os de 0 a 7.

Os resultados do estudo

Surpreendentemente, os resultados da pesquisa não revelaram uma sequência ideal de bebidas que uniformemente afetasse os sintomas da ressaca. Em vez disso, a gravidade da ressaca variou de acordo com a capacidade individual de digerir o álcool.

Assim, essa descoberta contradiz mitos antigos sobre a influência da ordem de consumo de álcool na ressaca. Destacando a importância de compreender as diferenças individuais no metabolismo do álcool.

Além disso, os pesquisadores enfatizam que a melhor maneira de evitar uma ressaca ainda é simplesmente beber menos.

Certos tipos de bebidas alcoólicas, como conheque e uísque, tendem a resultar as ressacas mais fortes devido à presença de congêneres, compostos que contribuem para aromas e sabores específicos.

No entanto, outros fatores, como manter-se hidratado, revesar bebidas alcoólicas com água e comer antes de beber, também podem desempenhar um papel na redução dos sintomas da ressaca.

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Contrariando a crença popular

Embora alguns possam recorrer a ditados populares para evitar ressacas, como “bebida alcoólica clara antes da escura”, os especialistas enfatizam que essas abordagens não são respaldadas pela ciência e podem não ser eficazes.

Em vez disso, a compreensão dos mecanismos por trás da ressaca e a adoção de hábitos saudáveis de consumo de álcool são fundamentais para minimizar seus efeitos negativos.

Fatores como idade, sexo, peso corporal, genética e saúde geral podem influenciar significativamente como uma pessoa tolera e processa o álcool, afetando assim a probabilidade e a intensidade da ressaca.

Essas variáveis individuais são essenciais para entender por que algumas pessoas podem beber várias bebidas alcoólicas sem sentir muitos efeitos adversos. Enquanto outras experimentam ressacas severas depois de consumir apenas algumas doses moderadas.

Portanto, para uma abordagem mais abrangente e eficaz na prevenção de ressacas, é essencial considerar não apenas a quantidade e o tipo de álcool consumido, mas também as características individuais de cada pessoa.

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