Como identificar uma foto feita com inteligência artificial nas redes sociais?

Alguns elementos bem surtir podem ajudar a diferenciar e, assim, evitar a desinformação

Recentemente, a internet conheceu Aitana, a influenciadora digital de IA que fatura, simplesmente, R$ 50 mil por mês. Com mais de 213 mil seguidores do Instagram, a menina divulga sua rotina fitness e pessoal nas mídias sociais. Com cabelos cor-de-rosa e traços muito bem definidos, quase não dá para perceber que se trata de uma personagem virtual. Acontece que ela não é a única a ter imagens geradas por IA na mídia. E aí, como identificar uma foto feita com inteligência artificial nas redes sociais?

De fato, há uma proliferação de imagens geradas por IA em canais, como Facebook e Instagram. Da mesma forma, em plataformas digitais. Tudo isso, sem dúvidas, modifica nossa própria percepção da veracidade visual, nos obrigando a desenvolver novas competências para discernir entre fotografias reais e aquelas de autoria dos algoritmos.

Mas, por que isso é importante? Longe de nós criticarmos severamente os caminhos da tecnologia, visto que se trata de um movimento irreversível (e sim, benéfico). Porém, na era da desinformação, precisamos detectar anomalias que, de repente, gerem dados falsos que distorcem a realidade.

Dicas para identificar uma foto feita com Inteligência Artificial nas redes

Antes de tudo, vale frisar que, se feito com moderação e ética, não há problema algum em gerar fotos com IA. O problema está na manipulação de dados e informações. Daí, a importância de distingui-las das fotografias reais. Afinal, essas imagens, muitas vezes realistas, podem servir para diversos fins, desde o entretenimento até a desinformação.

Mas, dá para diferenciá-las. A princípio, um dos pontos a considerar são os “defeitos” que apresentam em pequenos detalhes. Os dedos, por exemplo, aparecem deformados ou em quantidade incorreta. Os dentes, por sua vez, se mostram uniformes demais ou, ao mesmo tempo, mal alinhados.

Da mesma forma, a IA pode ter dificuldades em replicar corretamente texturas e padrões complexos, como tecidos ou fundos naturais. A repetição incomum desses elementos pode ser um indício de que a imagem foi gerada por inteligência artificial.

Além disso, uma forma de identificar fotos feitas com inteligência artificial é analisar como representam os reflexos e as sombras. Geralmente, desenvolvem uma imagem que não corresponde à forma exata dos objetos.

A inteligência artificial ainda pode gerar imagens nas quais os objetos e os fundos não seguem uma perspectiva coerente. A escala incorreta dos objetos ou a disposição ilógica dos elementos espaço são pistas de sua origem alterada.

Outro ponto é a ortografia e gramática. De modo geral, as fotos de IA não levam em conta sinais de pontuação. De vez em quando, até aparecem erros nas palavras! Então, também dá para perceber quando uma imagem não é real por aí.

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Quais os riscos de uma imagem feita por IA?

Como já pontuamos, é importante identificar uma foto feita por inteligência artificial por dificultar a distinção entre o real e o modificado. Sobretudo porque isso tem um impacto direto na percepção da realidade por parte das pessoas usuárias.

Do ponto de vista ético, esse tipo de manipulação levanta sérias preocupações. As redes sociais, devido à sua massividade e difusão de informação, podem ampliar os problemas de desinformação e controle da opinião pública.

Entretanto, o problema não para por aí! Quando se trata da modificação de obras originais sem o consentimento de quem criou, trata-se de uma infração dos direitos autorais. Ou seja, a questão adquire dimensões globais no ambiente digital, principalmente pelo alcance das redes sociais.

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O que dizem as plataformas?

Diante dessa necessidade de identificar uma foto feita por inteligência artificial, o que dizem as redes que as hospedam? Aparentemente, as plataformas vêm implementando métodos e estratégias para ajudar nessa distinção.

O mesmo já faz o YouTube. Contudo, a mídia que o vídeo já informe o uso de IA em casos mais sensíveis, como aqueles que tratam de saúde, política ou economia. O objetivo é, principalmente, evitar a desinformação.

O Tik Tok, por exemplo, tem uma etiqueta que diferencia os vídeos publicados que usam IA daqueles que não utilizam. A Meta, por sua vez, promete implementar a mesma sinalização no Facebook e Instagram, ainda neste ano.

Todas essas estratégias são para fortalecer a confiança entre os criadores e sua audiência, garantindo maior clareza sobre a natureza do que é consumido em cada plataforma.

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