Está calor? Muito! Incomoda? Bastante! De fato, os efeitos do calor no corpo humano não são brincadeira! Desde a desidratação até a falência dos órgãos, as altas temperaturas podem até matar!
A princípio, este calorão que afeta o Brasil é culpa daquela criança levada que chega todo ano: o El Niño. Ao mesmo tempo, o país sofreu um bloqueio atmosférico.
Explicações científicas à parte, o que nos preocupa mesmo são os efeitos do calor no corpo humano. Sobretudo, o calor extremo!
Por que o corpo sofre com o calor?
Assim como os demais mamíferos, o ser humano tem o sangue quente (no sentido literal da expressão). Com isso, temos um mecanismo interno para regular o calor e manter a temperatura em torno dos 36.5ºC.
No entanto, quando nos expomos ao calor extremo, o corpo sofre estresse térmico. Para contornar a situação, o organismo toma medidas de resfriamento, como a transpiração.
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A desidratação é um dos efeitos mais comuns do calor no corpo
Se o corpo transpira muito no calorão, consequentemente, perde líquido, certo? Daí, vem o quê? A desidratação!
A partir daí, o volume do sangue diminui e, com isso, afeta a pressão arterial. Além disso, outra consequência sobre o sangue é a espessura, aumentando os riscos de coagulação.
O coração também sofre
Além da transpiração, um dos mecanismos para dissipar o calor é o coração bombear de forma mais rápida. Um inimigo e tanto para quem tem problemas cardiovasculares! Isso aumenta consideravelmente os riscos de infarto, AVC, arritmias e veias entupidas.
Hipertermia
Sem dúvidas, um dos mais graves efeitos do calor no corpo humano é a hipertermia. Já falamos da desidratação, certo? No entanto, caso o quadro se agrave, o organismo passa a reter a água restante, reduzindo a produção de suor.
Quando a transpiração cessa ou as condições climáticas tornam-se excessivamente quentes e úmidas para seu funcionamento, a temperatura corporal aumenta. Ao atingir os 42 ºC, inicia-se a desnaturação das proteínas.
Um dos piores resultados é a falência de órgãos e o comprometimento das funções das células nervosas, o que eventualmente pode levar à morte.
Distúrbios musculares
Além da desidratação, o suor excessivo desequilibra os níveis de eletrólitos nos fluidos corporais. Isso, sem dúvidas, pode impactar as funções musculares e nervosas.
Em situações mais críticas, isso resulta em convulsões, espasmos cardíacos e dificuldades respiratórias, representando um risco para a saúde.
A alta umidade também é um dos efeitos do calor no corpo
A princípio, o processo de transpiração ocorre devido à dilatação dos vasos sanguíneos. Assim, mais sangue alcança a superfície corporal e dissipa calor através dos poros. Quando a pele está úmida, a água eliminada evapora, levando consigo o calor.
Em ambientes secos, a evaporação é eficaz, mas em condições mais úmidas, o processo torna-se mais desafiador, levando ao que chamamos de “temperatura de bulbo úmido”.
Contudo, não se trata apenas da temperatura do ar, mas também da eficiência da evaporação em uma superfície úmida, como a pele.
Em ambientes de baixa umidade, o corpo humano suporta temperaturas elevadas, desde que haja disponibilidade de água para consumo. Entretanto, em regiões mais úmidas, uma temperatura de bulbo úmido de 35 ºC já é bem desconfortável. Daí, só com ar-condicionado ou água gelada para aguentar.
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O calor pode matar!
Os efeitos do calor no corpo são variados e podem levar à morte. Segundo publicação na revista Nature, 6% das mortes na América Latina tiveram as temperaturas extremas como causa (incluindo o frio).
Isso se dá, sobretudo, por doenças respiratórias e cardiovasculares, especialmente em idosos e crianças. Apenas para ter uma ideia, com a elevação de cada grau Celsius, houve um aumento de 5,7% das mortes.
Agora que já sabe sobre os efeitos do calor no corpo, é hora de se cuidar! Neste calorão, beba bastante líquido, mantenha os ambientes ventilados e evite, se possível, exposição às altas temperaturas.
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