Consignado: taxas baixas podem levar à suspensão da linha de crédito

As taxas podem determinar a suspensão da linha de crédito

A redução das taxas de juros do consignado tem gerado preocupação entre aposentados e pensionistas. Desde março deste ano, quando o governo anunciou uma queda na taxa de juros dos consignados, de 2,14% para 1,7% ao mês, a questão tem causado polêmica.

Essa medida resultou na suspensão da linha de crédito pelos bancos, alegando que a redução expõe os bancos a um nível de risco muito alto. Posteriormente, o governo voltou atrás e estabeleceu uma taxa intermediária de 1,97%.

Taxas reguladas pelo mercado

Apesar de ser um negócio de baixo risco para os bancos, eles alegam que as taxas são definidas com base em critérios técnicos, considerando os custos operacionais, o risco de crédito e o spread, entre outros fatores. Assim, de ponto de vista financeiro, o mercado deve regular as taxas, levando em consideração os custos envolvidos.

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No mês passado, devido ao corte na SELIC, as taxas de juros do consignado caíram para 1,87%. Os bancos argumentam que com esse nível de taxas, as operações já não são viáveis, podendo levar à suspensão da linha de crédito.

Acontece que, com a suspensão, os aposentados e pensionistas que precisam de empréstimos, e não têm acesso ao consignado, são obrigados a buscar empréstimos com taxas de mercado, que são bem mais altas, podendo aumentar ainda mais o seu endividamento.

Empréstimo Consignado: linha de crédito de baixo risco

É importante destacar que o consignado é uma modalidade de empréstimo com desconto em folha, o que garante mais segurança tanto para o banco quanto para o aposentado ou pensionista. Além disso, as taxas de juros praticadas são geralmente mais baixas em comparação a outras linhas de crédito.

Com a suspensão da linha de crédito, muitos aposentados e pensionistas ficam sem opções para obter empréstimos com taxas acessíveis. Isso pode levar a um aumento na busca por empréstimos em modalidades menos vantajosas, como o crédito pessoal, que possui taxas de juros mais altas.

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Diante desse cenário, é fundamental que o governo e as instituições financeiras busquem alternativas para garantir que os aposentados e pensionistas tenham acesso a empréstimos com taxas justas, que atendam às suas necessidades financeiras. Dessa forma, seria possível manter a oferta de crédito para essa parcela da população, sem prejudicar a saúde financeira dos bancos.

Além disso, é importante que os aposentados e pensionistas busquem orientação financeira antes de contratar qualquer tipo de empréstimo, para garantir que estão tomando a melhor decisão para sua situação financeira.

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