Leitura digital ou impressa qual a melhor? Pesquisa responde!

Estudo da Universidade de Valência revela que a leitura em papel é 8 vezes mais eficaz do que a digital. Veja mais!

Em tempos dominados por telas, um estudo recente da Universidade de Valência trouxe à luz uma questão que gera debate: é melhor realizar a leitura digital ou impressa?

A pesquisa, que analisou dados de quase meio milhão de pessoas entre 2000 e 2022, chegou a uma conclusão que pode fazer os entusiastas da tecnologia repensarem seus hábitos de leitura.

Livros impressos se destacam

A disputa entre os livros impressos e a conveniência dos digitais parece ter um vencedor evidente. A leitura em papel não apenas é mais prazerosa, como também melhora a compreensão do conteúdo até oito vezes mais do que a leitura em telas. Sim, você leu corretamente: o papel é claramente superior quando se trata de absorver e reter informações.

“Poderíamos supor que a leitura para fins informativos, seja visitar a Wikipédia ou sites educativos, ou ler notícias, ou e-books estaria mais relacionada positivamente com a compreensão, mas não foi o caso”, afirmam os pesquisadores.

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Educação e leitura

No ambiente acadêmico, os resultados são ainda mais esclarecedores. Para alunos do ensino fundamental e médio, a recomendação é clara: deixem de lado os tablets e adotem os livros de papel, pois a análise mostrou que o tempo dedicado à leitura em papel é até 6 ou 8 vezes mais proveitoso, sugerindo que os educadores incentivem esse hábito desde cedo.

O digital tem seu lugar

No entanto, nem tudo está perdido para os fãs da leitura digital. Com o passar dos anos, parece que nos tornamos mais aptos a extrair o melhor dos textos digitais, especialmente no ensino médio e na universidade. Isso sugere que a familiaridade com a tecnologia e o desenvolvimento cognitivo podem influenciar como lidamos com diferentes formatos de leitura.

Estudos científicos sobre leitura digital ou impressa

Outras pesquisas apontam que os livros impressos não apenas ativam áreas cerebrais ligadas à atenção, emoção e memória, mas também engajam os leitores de forma mais intensa. Enquanto isso, a leitura digital pode, para alguns, aumentar o estresse e diminuir o prazer, indicando uma adaptação menos fluida a esse formato.

Estudos conduzidos por cientistas americanos, sul-coreanos e noruegueses revelam que a leitura de materiais físicos potencializa significativamente a absorção de informações e a compreensão do conteúdo em comparação com a leitura digital. Além disso, experimentos indicam que os estudantes recordam com mais detalhes os textos lidos em papel do que aqueles acessados online ou em formato PDF.

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Segundo a neurocientista Maryanne Wolf, da Universidade Tufts, essa preferência cerebral pelo papel está relacionada às experiências sensoriais e à percepção topográfica dos livros, considerando-os como mapas mentais que facilitam a navegação e a memorização do conteúdo lido.

Diante dessas evidências, o debate sobre livros impressos e digitais ganha novos contornos. O estudo reitera o valor da leitura em papel para o desenvolvimento intelectual e emocional, bem como tem implicações para o ensino e a aprendizagem.

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