Moedas do Império Romano de 255 d.C., encontradas nas Ilhas do canal. Veja mais!
Arqueólogos encontram moedas de Valeriano II e Valente nas Ilhas Anglo-Normandas. Descoberta revela estratégias econômicas e militares romanas
Arqueólogos realizaram uma descoberta surpreendente nas Ilhas do Canal, também conhecidas como Ilhas Anglo-Normandas, revelando detalhes da presença romana na região. A equipe de arqueólogos encontrou duas moedas antigas do império romano: uma representa Valeriano II e a outra Valente, coimperador romano.
Esses artefatos oferecem insights sobre o passado turbulento do Império Romano e suas estratégias econômicas em épocas de inflação.
Descoberta de moedas império romano em antigo prédio
A primeira moeda, um antoniniano datado de 255 d.C., foi descoberta em um antigo edifício romano que incluía quartos residenciais e um pátio, além de servir como depósito de lixo.
Apesar de parecer prata, estudos indicam um material menos nobre, refletindo a prática de diluição monetária do império em resposta à inflação da época. A moeda apresenta Valeriano II, descrito como um césar na adolescência.
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Valeriano II, também conhecido como Publius Licinius Valerianus, foi imperador romano entre 253 e 260 d.C., além disso, as pessoas o lembram por sua captura pelo rei persa Sapor I, que fez dele o primeiro imperador romano capturado por um inimigo. Seu reinado enfrentou invasões bárbaras e crises internas.
A segunda moeda: Valente
A segunda moeda, encontrada em camadas mais recentes do mesmo sítio, é de bronze e retrata Valente. Governando de 364 a 367 d.C. os godos o mataram tragicamente na Batalha de Adrianópolis. Ademais, essa moeda de menor valor ilustra as dificuldades econômicas do fim do Império Romano no Ocidente.
Valente, também conhecido como Flavius Julius Valens, foi o imperador romano do Oriente entre 364 e 378 d.C. Ele é lembrado por suas campanhas contra os godos e a desastrosa derrota na Batalha de Adrianópolis em 378 d.C., resultando em sua morte e marcando o declínio do Império Romano do Oriente.
Além das moedas, a equipe descobriu vestígios de um forte romano em Alderney, a ilha mais ao norte do arquipélago. Esse forte estrategicamente posicionado visava proteger uma importante rota comercial do Mediterrâneo contra piratas, indicando que a presença romana na ilha tinha como objetivo primordial garantir a segurança marítima.
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Uma Perspectiva do Passado
Essas descobertas não apenas testemunham a história econômica e militar romana, mas também indicam uma ocupação prolongada em Alderney. Desde o início das escavações em 2008 até as revelações surpreendentes de 2017, cada camada desenterrada contribui para a construção da narrativa de uma “mini Pompeia”, como descreve Jason Monaghan, secretário da Dig Alderney.
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