Para onde vai o preço do azeite de oliva? Veja as previsões
Queridinho dos brasileiros, o azeite de oliva tem pesado nos bolsos dos consumidores
O azeite de oliva, ingrediente que encanta paladares e corações com sua versatilidade e sabor, enfrenta um cenário desafiador que impacta diretamente o bolso dos consumidores brasileiros.
A escalada nos preços, que perdura há mais de dois anos, tornou o produto um artigo de luxo para muitos. Contudo, a esperança ainda permanece: será que o ano de 2024 trará alívio a essa situação?
O preço do azeite poderá cair este ano?
Para compreender a intricada teia que influencia o valor do azeite, é necessário viajar até a ensolarada Espanha, principal produtora global. Lá, diversos fatores se alinharam para criar um ambiente desafiador:
- Fenômenos climáticos: Secas e geadas afetaram as colheitas de 2021 e 2022, reduzindo consideravelmente a oferta de azeitonas.
- Aumento da procura: O consumo mundial de azeite tem crescido, impulsionado pela maior consciência dos benefícios à saúde e pela popularização da culinária mediterrânea.
- Conflito na Ucrânia: A guerra intensificou problemas logísticos, elevando os custos de produção e transporte.
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Como consequência, o preço do azeite extravirgem, o tipo mais consumido no Brasil, aumentou cerca de 37% em 2023, conforme dados do IBRAOLIVA. Uma embalagem de 500 ml, que custava em média R$ 20 em 2022, agora beira os R$ 30, um aumento significativo que afeta diretamente o orçamento familiar.
No entanto, há espaço para otimismo. Especialistas trazem perspectivas mistas para 2024. A expectativa positiva está na possibilidade de uma safra espanhola mais favorável, impulsionada pelas chuvas da primavera. Se as condições climáticas se confirmarem, a produção pode aumentar e, consequentemente, os preços tendem a diminuir.
Ainda assim, é necessário cautela. A normalização dos preços não será instantânea e pode se estender até o final do primeiro trimestre de 2024.
Além disso, outros fatores, como a volatilidade cambial e a instabilidade geopolítica, podem influenciar o panorama final. Diante dessa incerteza, o que fazer? O consumidor pode adotar estratégias para contornar os preços elevados.
O que fazer nesta situação?
- Experimente marcas menos populares: Nem sempre a marca mais conhecida garante a melhor qualidade. Aposte em marcas menos divulgadas, que podem proporcionar um bom custo-benefício.
- Diversifique os tipos de azeite: O extravirgem é mais caro, mas existem opções como o virgem e o refinado, adequados para diferentes utilizações culinárias.
- Valorize os azeites nacionais: A produção nacional tem crescido, oferecendo alternativas com preços mais acessíveis.
- Aproveite promoções: Supermercados e lojas virtuais frequentemente disponibilizam ofertas de azeite. Aproveite essas oportunidades para garantir o seu estoque.
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Embora a situação do azeite no Brasil seja desafiadora, a esperança de dias melhores permanece latente. Com pesquisa, planejamento e criatividade, é viável continuar desfrutando do sabor e dos benefícios do azeite sem comprometer o orçamento familiar.
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