Quais foram os 15 escritores preferidos dos brasileiros em 2024?
Levantamento revela os escritores favoritos dos brasileiros em 2024
Apesar das dificuldades que o Brasil enfrenta em relação à formação de leitores, uma pesquisa recente da Retratos da Leitura, realizada pelo Instituto Pró-Livro e pela Fundação Itaú, revelou os 15 escritores favoritos do público brasileiro. O levantamento, que ouviu mais de 5,5 mil pessoas em 208 municípios entre abril e julho de 2024, mostrou a preferência por autores nacionais, que dominam o ranking.
O ranking dos escritores favoritos dos brasileiros
Confira os 15 escritores mais queridos pelos brasileiros:
- Machado de Assis
- Monteiro Lobato
- Mauricio de Sousa
- Augusto Cury
- Paulo Coelho
- Jorge Amado
- Zíbia Gasparetto
- Clarice Lispector
- Carlos Drummond de Andrade
- Chico Xavier
- Colleen Hoover
- J. K. Rowling
- Ariano Suassuna
- Cecília Meireles
- Agatha Christie
Dentre os destaques, apenas três autoras estrangeiras marcam presença: Colleen Hoover, J. K. Rowling e Agatha Christie.
Quem são os 3 primeiros colocados?
Machado de Assis
Considerado o maior nome da literatura brasileira, Machado de Assis é um autor que atravessa gerações. Sua obra mais icônica, “Dom Casmurro”, é amplamente aborda temáticas como traição e memórias duvidosas, com o famoso enigma do suposto adultério de Capitu.
Além disso, outros clássicos como “Memórias Póstumas de Brás Cubas” e “Quincas Borba” são outros destaques que o consolidaram como um mestre do realismo e da crítica social.
Monteiro Lobato
Um pioneiro da literatura infantojuvenil brasileira, Monteiro Lobato encantou gerações com as histórias do “Sítio do Picapau Amarelo”. Personagens como Emília, Narizinho e Visconde de Sabugosa exploram a imaginação das crianças ao mesmo tempo em que abordam temas educativos e críticos sobre a sociedade.
Mauricio de Sousa
Responsável pela criação da “Turma da Mônica”, Mauricio de Sousa conquistou leitores de todas as idades com suas histórias em quadrinhos. A simplicidade e o carisma de seus personagens, como Mônica, Cebolinha e Magali, fazem com que suas obras sejam parte do cotidiano de muitas famílias.
Além disso, Mauricio inclui temáticas importantes, como diversidade e sustentabilidade, em suas narrativas.
O contexto da leitura no Brasil
A pesquisa também trouxe dados preocupantes: apenas 47% dos brasileiros são considerados leitores, ou seja, aqueles que leram pelo menos parte de um livro nos três meses anteriores ao estudo. Além disso, pela primeira vez, a proporção de não-leitores (53%) superou a de leitores no país.
Esses números revelam o desafio de promover o hábito da leitura em uma população que perdeu 6,7 milhões de leitores em quatro anos.
Ainda assim, olhando pelo lado positivo, a presença de escritores nacionais no topo da lista reflete o papel da literatura brasileira na formação cultural do país. Afinal, obras de autores como Jorge Amado, Clarice Lispector e Carlos Drummond de Andrade continuam a ser reverenciadas, e mostram que, mesmo diante de adversidades, a produção literária nacional permanece viva e relevante.
Por que esses escritores são tão queridos?
A preferência pelos escritores mencionados se deve, em parte, à capacidade de suas obras de dialogar com as experiências e valores dos leitores.
Autores nacionais
Machado de Assis, por exemplo, considerado um dos maiores nomes da literatura brasileira, é reverenciado por suas análises psicológicas e sociais. Em obras já mencionadas aqui, como “Memórias Póstumas de Brás Cubas” e “Dom Casmurro”, ele provoca reflexões sobre a condição humana, e explora temas como ambição, amor, ciúmes e hipocrisia.
Monteiro Lobato, por sua vez, transformou a literatura infantil no Brasil ao criar o “Sítio do Picapau Amarelo”. Suas histórias combinam elementos folclóricos com crítica social, e estimulam a imaginação e o pensamento crítico desde a infância. Ele também foi um defensor da educação como ferramenta para o progresso nacional.
A obra de Mauricio de Sousa, conta com os personagens icônicos da Turma da Mônica, e traduz mensagens universais de amizade, empatia e superação de forma acessível e divertida.
Agora, quando se trata de emoções profundas, Clarice Lispector é quase insuperável. Sua escrita introspectiva e quase filosófica convida o leitor a mergulhar em questionamentos sobre identidade, solidão e existência. Livros como “A Hora da Estrela” e “Perto do Coração Selvagem” continuam inspirando novos públicos até hoje.
Já Jorge Amado, com sua celebração da cultura e diversidade brasileira, criou personagens inesquecíveis, como Gabriela e Tieta, que se tornaram símbolos da riqueza cultural e dos contrastes do Brasil. As histórias do autor apresentam tanto as dificuldades quanto as belezas da vida nas regiões menos exploradas do país.
Cenário internacional
No cenário internacional, Agatha Christie permanece a “Rainha do Crime”, e ainda fascina leitores com seus enigmas complexos e reviravoltas inesperadas. Obras como “Assassinato no Expresso do Oriente” e “E Não Sobrou Nenhum” são aclamadas pela genialidade narrativa.
A fantasia moderna ganhou novo fôlego com J.K. Rowling, cuja saga Harry Potter criou um universo mágico que explora questões como amizade, coragem e luta contra a intolerância. O sucesso foi tanto que marcou gerações e inspirou adaptações para o cinema, teatro e parques temáticos.
Por fim, Colleen Hoover é um fenômeno contemporâneo que atrai milhões de leitores com seus romances. Obras como “É Assim que Acaba” conquistam pelo enredo envolvente e pela identificação que promovem com situações do cotidiano.
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