Qual é a origem do miojo? Veja como surgiu esse macarrão prático
O macarrão instantâneo nasceu no pós-Segunda Guerra e logo ganhou o mundo pela praticidade
Que atire a primeira pedra quem não tem no armário, pelo menos, uns dois pacotinhos de miojo! O macarrão instantâneo, inegavelmente, salva a nossa vida nos momentos de pressa (apesar de não ser propriamente uma refeição saudável). Mas, você sabe qual é a origem do miojo?
O “pai” do macarrão instantâneo é o japonês Momofuku Ando. A princípio, a ideia de criar o produto surgiu em 1958, no cenário pós-Segunda Guerra Mundial.
Segundo ele, pessoas faziam fila para pegar um prato de lámen, prato oriental típico com macarrão, legumes, carnes, verduras e caldo. Diante de tanta gente passando frio e esperando por comida, Ando pensou na possibilidade de elaborar algo mais rápido, acessível, mas igualmente saboroso.
A origem do miojo: alternativa à fome
Pois bem, como vimos, o contexto de criação do macarrão instantâneo foi bem dramático, né? Mas, para desenvolver algo bom, Momofuku fez um ano de testes até chegar ao formato que queria.
Primeiramente, ele usou a farinha de trigo e óleo que os Estados Unidos doavam ao país. Depois, se “enfiou” na cabana de madeira que ficava nos fundos de casa para as tentativas.
E, curiosamente, outro prato nipônico serviu de base para o que conhecemos hoje como miojo: o tempurá. Na época, Ando viu sua esposa fritando o bolinho que, em suma, é feito de massa fina envolvendo mariscos ou vegetais em pedaços.
De modo geral, a cobertura de farinha, ao fritar, liberava umidade. Então, levou a ideia para a massa do macarrão. Como resultado, obteve uma massa desidratada que, entretanto, não entrava em decomposição.
Pelo contrário, quando se colocava em água quente, voltava a ficar molinho, como no estado original. Ou seja, nascia, ali, a origem do miojo. Em suma, para durar mais, a massa leva muito sal (daí, não ser tão saudável) e, depois, é frita.
Qual foi o primeiro macarrão instantâneo?
Quando Momofuku chegou ao ponto desejado, criou também a primeira versão de “miojo”: a Chicken Lámen. Quem a produzia era a Nissin, marca do próprio Ando. E a lógica era a mesma, ou seja, o tempo de preparo levava apenas dois minutos.
No pacotinho, também vinha o tempero, assim como se vende atualmente. Claro que a receita caiu no gosto da turma e, do Japão, se espalhou pelo mundo.
Por aqui, o produto chegou em 1965. E, de fato, está aí a origem do miojo como conhecemos, pois essa era a marca da subsidiária da Nissin no Brasil. Daí, claro, que nós batizamos a massa dessa forma.
Ao longo dos anos, foram surgindo novos sabores de tempero além do frango. Por exemplo, carne, tomate, camarão, legumes e por aí vai. Sem falar na criatividade em preparar a massa com vários ingredientes, né?
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Curiosidades sobre a origem do miojo
Sabia que existem fatos bastante interessantes sobre o macarrão instantâneo? Inclusive, o alimento tem um dia inteiramente dedicado a ele. Olha só:
- O dia 25 de agosto é o Dia Internacional do Miojo, pois foi a data em que a massa foi criada
- Em 2022, consumiu-se mais de 121,2 bilhões de miojos em todo o mundo
- O Brasil é o 10º país do mundo que mais consome macarrão instantâneo, chegando a 2,8 bilhões de pacotinhos
- O chef Erick Jacquin gravou um vídeo indicando uma receita perfeita de miojo
- Alpinistas levaram o miojo para o topo do Everest, assim como astronautas comeram a massa no espaço
- Como aponta uma reportagem da BBC, trata-se de um alimento que se usa bastante em contextos de emergência pública
A origem (e sucesso) do miojo, como vimos, se deu pela praticidade, mas também o baixo custo. Por isso, também está entre os principais produtos de venda legal nas prisões dos Estados Unidos.
E você, gosta de miojo? Tem sua própria receita?
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