Seu plano deu errado? 3 coisas muito úteis para você aprender com isso
Um olhar profundo sobre o desenvolvimento de projetos.
A realização de projetos de grande escala sempre vem acompanhada de desafios significativos. Uma pesquisa abrangente, encabeçada pelo pesquisador Bent Flyvbjerg e pelo jornalista Dan Gardner, traz à luz dados reveladores sobre o tema.
Com base em um estudo de mais de 16 mil iniciativas, constatou-se que apenas uma fração mínima, 0,5%, alcança seus objetivos conforme o planejado, sem exceder o orçamento ou o prazo e entregando os benefícios esperados.
Este dado alarmante aponta para a necessidade de uma revisão nas práticas de desenvolvimento e gestão de projetos.
A sabedoria de modularizar
Um aspecto destacado é a modularidade, que, seguindo o exemplo da fabricação de placas solares, demonstrou ser uma estratégia eficaz para reduzir custos e riscos.
Esta abordagem não apenas facilita a gestão e a execução dos projetos, mas também tem se mostrado uma aliada na busca pela inovação e eficiência, com casos de sucesso notáveis como o Empire State Building.
Quando aplicadas ao setor energético, essas práticas oferecem caminhos promissores.
A modularidade, por exemplo, é especialmente relevante para usinas solares fotovoltaicas e pode ser um princípio norteador para a expansão de pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) e até mesmo para a inovação em tecnologias como os reatores nucleares modulares.
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A importância do ajuste realista
Outra lição é a necessidade de ajustar o viés otimista frequentemente presente no planejamento. Incorporar um prêmio de risco, com base na classificação por categoria de projeto, pode oferecer uma visão mais realista dos custos e prazos.
Isso se mostrou uma estratégia efetiva em estudos como o realizado pela PSR e pela TNC na Colômbia, influenciando diretamente o planejamento setorial para minimizar custos e riscos.
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Estratégias para mitigar falhas
Entre os exemplos de desvios significativos está o do telescópio James Webb da NASA. Nele oa custos finais foram 450% superiores ao previsto, atingindo a marca de 8,8 bilhões de dólares. Diante desse cenário, Flyvbjerg e Gardner propõem uma série de práticas destinadas a evitar tais falhas.
Elas incluem a avaliação criteriosa da necessidade do projeto, um planejamento e detalhamento minuciosos antes de sua execução e a busca por uma execução o mais breve possível. Dessa forma evita que mudanças no contexto comprometam os resultados.
Ao adotar uma abordagem baseada em dados e evidências, é possível não só evitar erros passados, como também pavimentar o caminho para um futuro mais promissor no desenvolvimento de projetos em diversas áreas, incluindo a vital transição energética global.
Por isso que um planejamento cuidadoso e uma execução eficiente são tão importantes: são princípios que podem guiar desde a construção de infraestruturas até a implementação de políticas públicas, garantindo que os projetos não apenas comecem bem, mas também terminem com sucesso.
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