5 sinais de que você sofreu traumas de infância e isso ainda te afeta

Consegue reconhecer algum deles na sua vida?

Você se irrita facilmente quando alguém invade seu espaço pessoal? Ou fica nervoso com críticas, mesmo que construtivas? Se liga, porque essas reações podem ter raízes em traumas da infância que, muitas vezes, passam despercebidos no dia a dia.

Mas como assim?

Imagine uma criança que sempre teve sua privacidade invadida, sem autorização para ter seus próprios segredos ou momentos sozinha. Na vida adulta, essa mesma pessoa pode se sentir desconfortável em situações que representem uma invasão de seu espaço, como alguém se aproximando demais ou mexendo em seus pertences sem pedir.

Da mesma forma, críticas constantes durante a infância podem ter criado uma insegurança na pessoa, levando-a a se sentir facilmente ofendida ou magoada com qualquer comentário negativo, mesmo que não seja direcionado a ela.

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Por que a nossa infância pode moldar quem somos na idade adulta?

Os fatos que acontecem na infância têm um impacto profundo e duradouro na formação da personalidade e no comportamento na vida adulta devido a fatores psicológicos e neurológicos. Durante a infância, o cérebro humano está em um estado de desenvolvimento rápido e contínuo. Assim, as experiências vividas nesse período moldam a arquitetura neural, influenciando a maneira como pensamos, sentimos e reagimos ao mundo ao nosso redor. As conexões neuronais que se formam são fortemente influenciadas pelo ambiente e pelas interações sociais, o que significa que as experiências positivas e negativas podem ter efeitos duradouros.

Além disso, os primeiros anos de vida são particularmente importantes porque é quando a maioria das nossas habilidades sociais e emocionais começa a se desenvolver. Por exemplo, a qualidade das relações com os cuidadores principais, como pais e outros familiares, pode afetar a capacidade de formar relacionamentos seguros e saudáveis no futuro. Por exemplo, a teoria do apego de John Bowlby destaca que um apego seguro na infância, caracterizado por cuidado e consistência, pode levar a um desenvolvimento emocional mais equilibrado e a uma maior resiliência na vida adulta.

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Outros gatilhos comuns

Inconsistência

Promessas não cumpridas ou mudanças constantes de planos podem gerar frustração e irritação em quem vivenciou situações semelhantes na infância, como pais que frequentemente mudavam de ideia ou não cumpriam suas promessas.

Barulhos altos

Se na infância você vivia em um ambiente barulhento ou caótico, pode ter desenvolvido uma sensibilidade maior a sons altos, que te causam desconforto e irritação.

Esperar

Para quem teve a paciência testada constantemente na infância, esperar em filas, no trânsito ou em qualquer outra situação pode se tornar uma tortura, gerando ansiedade e irritabilidade.

Ser apressado

Se você se sente ansioso quando se apressa sempre, pode ter raízes em uma infância onde se sentia pressionado a fazer as coisas no ritmo dos outros, sem tempo para suas próprias necessidades e vontades.

Pressão para tomar decisões

Dificuldade em tomar decisões pode se relacionar à falta de autonomia na infância, onde as escolhas eram os pais ou responsáveis que sempre faziam as escolhas, sem espaço para que a criança desenvolvesse sua própria capacidade de decidir.

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Mas calma, nem tudo está perdido!

Porém, a boa notícia é que, ao identificarmos os gatilhos que nos irritam e entendermos suas possíveis origens na infância, podemos começar a trabalhar para lidar com essas situações de forma mais saudável. Portanto, veja abaixo algumas dicas:

  • Autoconhecimento: busque entender quais são seus gatilhos e como eles te afetam. Um psicólogo pode te ajudar nesse processo.
  • Comunicação: explique às pessoas próximas como você se sente em determinadas situações e como elas podem te ajudar.
  • Técnicas de relaxamento: pratique yoga, meditação ou outras técnicas que te ajudem a controlar a ansiedade e a irritação.
  • Terapia: a terapia pode te auxiliar a lidar com os traumas da infância e desenvolver mecanismos de defesa mais saudáveis.

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