Bafômetro pega cerveja sem álcool? Descubra!

A bebida pode contar traços de álcool suficientes para detecção no bafômetro

A cervejinha é, sem dúvidas, uma das bebidas mais populares do país. Porém, no Brasil, a legislação de trânsito é mais rígida do que em muitos países, principalmente quanto ao consumo de álcool por motoristas. Por isso, os motoristas da rodada optam pelas versões 0% da bebida. Mas, uma dúvida sempre passa pela cabeça: bafômetro pega cerveja sem álcool?

Embora haja um movimento de adesão por drinks realmente não-alcoólicos, ainda tem que prefira as cervejas do tipo. No entanto, é essencial estar ciente de que elas podem, sim, conter traços de álcool. Só para ilustrar, a porcentagem pode ser suficiente para acusar no bafômetro. Sobretudo, se o consumo for significativo.

Mas, por que isso acontece? Saiba, agora!

Por que o bafômetro pega cerveja sem álcool?

A princípio, embora a cerveja sem álcool seja uma alternativa para quem quer beber socialmente sem infringir a lei, é importante verificar o rótulo antes do consumo. Algumas bebidas são fabricadas para mercados internacionais e podem conter até 0,5% de álcool.

Mesmo que pareça um valor insignificante, o consumo em grandes quantidades pode resultar em um teste de bafômetro positivo. Portanto, para evitar qualquer risco, é recomendável escolher aquelas que garantidamente contenham 0% de álcool.

O carro também pode acusar álcool no bafômetro?

Além da preocupação se o bafômetro pega cerveja sem álcool, uma situação curiosa ocorreu recentemente. Segundo relatos em redes sociais, um motorista não passou no teste do bafômetro, mesmo sem ingerir álcool algum. Como assim?

A princípio, isso ocorreu por ser um teste passivo, que não exige sopro direto no aparelho. O procedimento, então, detectou álcool não no condutor, mas no veículo. Segundo especialistas, esse tipo de coisa é mais comum em carros antigos ou modificados. Neles, os vapores do combustível podem confundir com álcool pelo bafômetro.

De acordo com esclarecimentos da Polícia Rodoviária Federal, o teste passivo é apenas uma triagem inicial. Sendo assim, em caso de resultado positivo, a pessoa passa por um teste mais preciso para, então, confirmar a presença de álcool no sangue.

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Índice de embriaguez ao volante preocupa

Entretanto, tem gente que não parece se preocupar muito com a lei, menos ainda, se o bafômetro pega cerveja sem álcool. Em Cascavel, por exemplo, 647 motoristas receberam multa por embriaguez ao volante, no ano passado. Somente em novembro e dezembro, foram mais de 140 autuações. Número que não deve baixar, pois em 2024, já passou dos 80.

Apesar das constantes ações de fiscalização e campanhas educativas na cidade, as estatísticas revelam que cerca de 44% dos condutores que param nas blitzes cometem um crime de trânsito devido à embriaguez.

Vale lembrar que, se o teste do bafômetro indicar até 0,33 miligramas de álcool por litro de sangue, o motorista pega multa de R$ 2.934,70, além da suspensão do direito de dirigir por 12 meses. Em casos de reincidência, o valor da multa dobra e a pessoa pode perder Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

Por fim, níveis iguais ou superiores a 0,33 miligramas de álcool por litro de sangue configura crime e quem dirige pode, inclusive, ir para a prisão, além de sofrer sanções administrativas.

Vale ressaltar que a tolerância para o consumo de álcool por motoristas é baixa, fixando limite de 0,04 mg/l de álcool por litro de sangue. Especialistas em legislação de trânsito, entretanto, alertam que a lei está cada vez mais rigorosa e as chances de reverter penalidades são mínimas.

Ademais, a embriaguez ao volante consta como um crime abstrato, ou seja, presume-se o perigo independentemente da conduta do motorista na estrada. Por fim, a recusa em realizar o teste do bafômetro não é a melhor estratégia, pois há outras formas de constatar o crime, inclusive, exames de sangue.

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