Bandidos podem usar a Wi-Fi para acessar as câmeras da sua casa

Nos últimos tempos, uma prática alarmante tem se destacado nos Estados Unidos. Na verdade, mais precisamente em Minnesota, onde criminosos vêm utilizando bloqueadores de Wi-Fi para facilitar invasões domiciliares.

Esses dispositivos, conhecidos como “jammers”, são empregados para interromper a transmissão de sinais de câmeras de segurança e outros sistemas de monitoramento conectados por redes sem fio.

A polícia local identificou um padrão em pelo menos nove assaltos, onde as residências visadas se localizam em áreas de alta renda e são escolhidas com base na ausência temporária de seus habitantes.

Assim, o método criminoso envolve um monitoramento prévio da rotina dos moradores, garantindo que as casas estejam vazias no momento do crime, evitando assim confrontos diretos.

O desafio para manter a segurança

A sofisticação dessas operações reside na capacidade dos criminosos de desativar sistemas de segurança sem deixar vestígios. Isso complica significativamente as investigações policiais. Além disso, nos Estados Unidos, a facilidade de aquisição desses bloqueadores agrava o problema.

Apesar de não se permitir a sua venda, é possível adquiri-los em plataformas online por valores que oscilam entre 40 e 1.000 dólares.

Então, essa acessibilidade coloca em evidência uma lacuna na legislação e nos mecanismos de controle, demandando uma revisão urgente das políticas de segurança e venda de dispositivos eletrônicos.

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Legislação e preocupações no Brasil

No Brasil, a situação é igualmente preocupante, com a utilização desses dispositivos não apenas para facilitar roubos residenciais, mas também para neutralizar sistemas de rastreamento veicular.

A legislação brasileira, através da resolução nº 760 da Anatel, restringe o uso desses bloqueadores a entidades governamentais, proibindo sua posse e uso por indivíduos ou entidades privadas.

No entanto, a prática de bloquear sinais para cometer crimes, incluindo o roubo de veículos, tem se mostrado um desafio persistente para as autoridades.

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Medidas preventivas e a busca por segurança

Diante desse cenário, torna-se evidente a necessidade de desenvolver estratégias mais eficazes para combater o uso ilegal de bloqueadores de Wi-Fi. A recomendação para residências e empresas é a de adotar sistemas de monitoramento híbridos, que não dependam exclusivamente da tecnologia sem fio.

Além disso, a proteção física dos cabos e a diversificação dos métodos de segurança podem oferecer uma camada adicional de proteção contra essas táticas criminosas.

A conscientização sobre a existência e o funcionamento desses dispositivos é um passo importante para a prevenção, assim como a cooperação entre a sociedade e as forças de segurança na identificação e no combate a essas práticas ilegais.