Carnaval sustentável: como brilhar na folia sem poluir o meio ambiente

Pule Carnaval com consciência! 5 dicas para reduzir seu impacto ambiental durante a folia e contribuir para um planeta mais saudável.

A melhor época do ano está chegando! O carnaval é, claro, um período de festa e alegria. Mas, também de preocupação com o meio ambiente! Além dos blocos, produção de lixo e afins, temos um adicional: o glitter! Ainda que pareça inofensivo, um dos itens mais populares da maquiagem carnavalesca é um verdadeiro inimigo do meio-ambiente. Saiba por que e, sobretudo, como brilhar na folia fazendo um Carnaval sustentável!

Mas, qual é o problema com o glitter? Primeiramente, o produto é feito de microplásticos que demoram centenas de anos para se decompor. Sendo assim, essas pequenas partículas de plástico se espalham pelo meio-ambiente porque vão para as ruas, nos rios e até nos oceanos.

Por isso, acaba prejudicando, e muito, a vida animal! Só para ilustrar, peixes, aves e outros animais podem ingerir as partículas de plástico, que podem causar obstrução intestinal e até a morte.

Então, confira a importância de pular um Carnaval sustentável e como substituir o glitter por opções mais ecológicas.

Por que substituir o glitter da sua maquiagem

A gente já viu que o glitter, apesar de deixar a maquiagem glamourosa, não é nada ecológico, né? Mas, se prejudicar a cadeia alimentar e até matar os bichinhos ainda não te convenceu, a revista Galileu trouxe mais motivos.

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Temos mais de 8 milhões de toneladas métricas de purpurina no oceano

Além da presença até na placenta humana, o microplástico, componente principal do glitter, já apareceu até no topo do Everest. E, há estimativas de que milhões de toneladas chegaram aos oceanos nos últimos anos.

Consequentemente, alteram, por exemplo, o volume de células cianobacterianas, prejudicam a fotossíntese e são altamente tóxicas. Sem falar que não decompõem em um passe de mágica.

Só para ilustrar, aquele pozinho das bolas de natal de quando ainda era criança pode ter chegado aí, no tapete da sua sala, na vida adulta. Então, se não quer um Carnaval sustentável para os peixes, ao menos, cuide para não prejudicar seu bebê ou pet.

Prejudica a reciclagem

O glitter é um material que não é reciclável, pois pode contaminar a carga de reciclagem. Por isso, muitos conselhos municipais no Reino Unido emitiram orientações para que as pessoas não coloquem cartões de Natal brilhantes ou papéis de embrulho com esse material nas sacolas de reciclagem.

Se até a União Europeia baniu, por que VOCÊ vai usar glitter?

A União Europeia (UE) proibiu, em outubro do ano passado, a venda de glitter plástico solto e outros produtos com microesferas. Isso faz parte de uma estratégia para reduzir a poluição por microplásticos nos países membros em 30% até 2030.

Ou seja, se um bloco inteiro não permite o uso do glitter, por que você ainda vai teimar em atrapalhar um Carnaval sustentável só para brilhar mais?

Carnaval sustentável não significa perder o brilho

Ainda que tragam o nome “biodegradável”, mesmo a purpurina teoricamente inofensiva deve ser evitada. Só para ilustrar, estudo do periódico Journal of Hazardous Materials mostra os efeitos nocivos na água, sedimentos e plantas do rio Glaven, em Norfolk, na Inglaterra.

Então, para ter um Carnaval sustentável, não posso ter maquiagem “purpurinada”? Sim, dá para brilhar, e muito, com opções mais ecológicas!

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Purpurina caseira com sal e corante de alimentos

Primeiramente, você pode fazer purpurina caseira misturando sal e corante de alimentos. O ideal é optar pelo sal marinho por ser mais grosso. O corante pode ser líquido ou em pó, mas o primeiro é mais fácil de misturar.

Após misturar os ingredientes, deixe secar naturalmente por cerca de uma hora para não perder o brilho. Por fim, para fixar na pele, use um hidratante ou primer.

Pó de mica

O pó de mica é um pó de rocha fino que existe em diferentes cores. Como é natural, é mais fácil de tirar da pele, além de prejudicar, em nada, o meio ambiente.

Da mesma forma que a mistura caseira, é só usar um primer ou hidratante para fixar bem.

Mas, atenção! Antes de usar a purpurina caseira, faça um teste de alergia. Para isso, aplique um pouco da mistura em uma pequena área do corpo e espere alguns minutos para ver se surge alguma reação alérgica.

Viu só como dá para brilhar na avenida sem, no entanto, deixar de lado um Carnaval sustentável? Assim, você se diverte e, principalmente, protege o meio-ambiente!

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