Nova descoberta sobre o cérebro humano surpreende cientistas

Estudo revela como o cérebro tira micro-cochilos enquanto estamos acordados.

De acordo com pesquisadores da University College London, no Reino Unido, reservar um momento para um cochilo diário é benéfico para o cérebro e contribui para mantê-lo maior por mais tempo. No entanto, outro estudo da Universidade de Washington em St. Louis e da Universidade da Califórnia em Santa Cruz revelou que pequenas regiões do nosso cérebro podem “desligar” por microssegundos enquanto estamos acordados, caracterizando os micro-cochilos.

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Micro-cochilos do cérebro humano: ondas cerebrais e anomalias detectadas

Durante quatro anos de pesquisa, os cientistas realizaram um estudo com nove ratos, nos quais foram implantados eletrodos de fio fino em dez diferentes regiões do cérebro. Inicialmente, ao rastrear a atividade de pequenos grupos de neurônios até o microssegundo, foram identificadas anomalias que desafiam a compreensão tradicional dos estados de sono e vigília. Afinal, observou-se que, em certos momentos, partes do cérebro dos animais entravam em um estado de cochilo enquanto outras áreas permaneciam ativas.

Além disso, foi possível identificar os momentos exatos em que os neurônios faziam a transição para um estado diferente. Em alguns casos, essas oscilações estavam limitadas a uma única região do cérebro, e às vezes até menos.

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Implicações das descobertas

Os pesquisadores observaram que, durante esses micro-cochilos, os ratos pareciam “desligar” brevemente. Esse fenômeno ocorria durante breves pausas nos movimentos dos ratos, momentos em que pareciam “desconectados” do ambiente ao seu redor.

Dessa forma, a pesquisa revelou que, enquanto estamos acordados, algumas áreas do cérebro podem entrar em um estado de descanso momentâneo, enquanto outras permanecem ativas. Esse evento, chamado de “intermitências”, sugere que o cérebro possui mecanismos complexos para gerenciar a vigília e o sono simultaneamente. O que pode explicar por que às vezes nos sentimos mentalmente cansados, mesmo após uma noite de sono.

Portanto, entender esses micro-cochilos e intermitências pode abrir caminhos para novas terapias e tratamentos. Principalmente, poderá proporcionar novos alvos para o tratamento de doenças do neurodesenvolvimento e neurodegenerativas. Com isso, será possível lidar melhor com os transtornos do sono e outras condições relacionadas à desregulação do descanso cerebral.

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