Chevrolet encerra produção do Cruze e modelo sai de linha no Brasil
Entenda os motivos, o impacto no mercado e as alternativas disponíveis para os consumidores
É o fim de uma era! Aliás, duas! Após encerrar a produção na Argentina em 2023, a Chevrolet anunciou o fim da produção dos modelos Cruze e Cruze Sport6. Assim, finalizou também a comercialização desses veículos no Brasil. Essa decisão marca o adeus de consumidores e consumidoras que apreciavam os modelos médios, sobretudo pela confiabilidade e desempenho.
De fato, a produção encerrou em dezembro do ano passado. No entanto, os veículos ainda estavam disponíveis no configurador da marca até o esgotamento dos estoques. Mas, agora, ambos os modelos foram removidos do site oficial da Chevrolet.
Por que o Cruze saiu de linha no Brasil nestes dois modelos?
O Chevrolet Cruze circula no mercado brasileiro desde 2011 e passou por duas gerações ao longo destes 13 anos. A primeira, com produção em São Caetano do Sul (SP), teve saídas até 2016 e incluía as versões hatch (Sport6) e sedã.
A segunda geração teve fabricação em Santa Fe, na Argentina, de 2016 até 2023. Inclusive, recebeu update o em 2019. Com isso, manteve-se atualizada e competitiva.
No entanto, com a mudança de foco da Chevrolet para SUVs e picapes, a continuidade desses modelos ficou inviável. Só para ilustrar, nos últimos anos, o Cruze Sport6 era vendido apenas na versão RS, com um visual esportivo e preço de R$ 169.670.
O sedã, por sua vez, estava disponível nas versões LT, Midnight, LTZ e Premier, com preços variando entre R$ 149.990 e R$ 179.660. Todos os modelos vinham com motor 1.4 turbo de 153 cv e câmbio automático de 6 marchas.
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Impacto no mercado e alternativas
Não dá para negar que a saída de linha do Chevrolet Cruze e do Cruze Sport6 deixa um vazio nos sedãs e hatchbacks médios por aqui. Afinal, como tinha preços mais acessíveis, o Cruze era uma opção popular para quem buscava um veículo de qualidade sem gastar muito.
Agora, restam poucas nesse segmento. Entre elas, estão o Toyota Corolla, Nissan Sentra e o recém-lançado BYD King, todos com preços abaixo de R$ 200 mil. Olha só:
- Toyota Corolla: a partir de R$ 150.790
- Nissan Sentra: R$ 160.290
- BYD King: R$ 175.800
Outros modelos, como o Volkswagen Jetta e o Honda Civic, adotaram propostas diferentes. A princípio, focaram em versões esportivas e híbridas, respectivamente.
O Jetta, por exemplo, é vendido apenas na versão esportiva GLI por R$ 245.390, enquanto o Honda Civic híbrido custa R$ 265.900. O segmento de hatchbacks médios também encolheu, com o Cruze Sport6 sendo o último representante de uma marca generalista.
Agora, restam apenas modelos de marcas premium, como o Audi A3 Sportback, BMW Série 1 e Mercedes-Benz Classe A.
E a própria Chevrolet, como fica com o fim do Chevrolet Cruze e do Cruze Sport6? No mercado brasileiro, restaram o Onix e Onix Plus como hatchback e sedã. Porém, vale lembrar que ambos devem receber uma reestilização em 2025, mantendo-se bem competitivos.
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O legado do Chevrolet Cruze
Só para lembrar, quando o Chevrolet Cruze estreou no Brasil, substituiu, logo de cara, o Vectra e o Astra. Na época, era desenvolvido em parceria com a sul-coreana Daewoo como um projeto global da General Motors.
A primeira geração, de São Caetano do Sul, contava com um motor 1.8 Ecotec aspirado de quatro cilindros. Assim, entregava até 144 cv com etanol. Mas, nada foi fácil, pois enfrentou uma concorrência acirrada, competindo com modelos como Toyota Corolla, Honda Civic, Citroën C4 Lounge e Hyundai Elantra.
Em 2016, houve a transferência da produção para a fábrica argentina, com a introdução da segunda geração. O novo modelo, então, trouxe um design renovado, além de motor 1.4 Ecotec turbo de 153 cv e 24,5 kgfm. Ainda, tecnologias como start-stop.
Mas, apesar das atualizações, a segunda geração durou pouco na América do Norte. Só para ilustrar, saiu de linha quatro meses após o início das vendas.
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