Com que idade a criança pode assistir TV? Confira aqui!
Expor as crianças a televisão muito cedo pode gerar certos problemas. Veja os resultados encontrados em estudos recentes.
A infância é uma fase importante para o desenvolvimento, onde cada experiência molda o cérebro em formação. No entanto, a exposição precoce de crianças, especialmente aquelas com menos de 2 anos, à televisão pode ter implicações sérias e duradouras. Estudos revelaram que essa prática pode desencadear alterações nos comportamentos sensoriais, influenciando a maneira como as crianças percebem e interagem com o mundo ao seu redor.
Exposição precoce a telas e o comportamento sensorial
Um dos principais problemas associados à exposição precoce à TV é o impacto nos comportamentos sensoriais. Crianças dessa faixa etária estão em um estágio importante de desenvolvimento sensorial, onde estão aprimorando suas habilidades de audição, visão e coordenação motora. Estímulos excessivos provenientes da televisão podem sobrecarregar esses sistemas em desenvolvimento, resultando em dificuldades no processamento sensorial.
Estudos têm apontado que a exposição excessiva à TV pode levar a alterações na forma como uma criança ouve e vê o mundo ao seu redor. A superestimulação sensorial por conta das telas pode contribuir para dificuldades na concentração, na atenção e até mesmo na coordenação motora.
Além disso, pesquisas destacam a relação entre o tempo prolongado de exposição à TV e comportamentos repetitivos. Sugerindo que essa prática pode influenciar negativamente a variedade de comportamentos observados em crianças.
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Condições mais sérias podem surgir
Um estudo em particular apontou para uma possível ligação entre a exposição à TV antes dos 2 anos e questões comportamentais mais amplas, como hiperatividade e transtorno de déficit de atenção.
Crianças que foram expostas a programas televisivos desde muito cedo demonstraram maior propensão a comportamentos impulsivos, dificuldades de atenção e maior agitação, levantando preocupações sobre os efeitos a longo prazo dessa prática na saúde mental e comportamental.
Para crianças no espectro autista, esses impactos podem ser ainda mais preocupantes. Crianças com autismo muitas vezes têm uma sensibilidade sensorial aumentada, tornando-as mais vulneráveis aos estímulos visuais e auditivos intensos. Nestes casos, há maiores dificuldades, incluindo aumento de comportamentos repetitivos, dificuldades na comunicação social e maior probabilidade de desenvolver distúrbios do sono.
Essas descobertas sublinham a importância de abordagens mais cuidadosas no que diz respeito à exposição a mídias eletrônicas em crianças com necessidades sensoriais específicas.
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O caminho é adiar essa exposição
Diante desses achados, é importante que pais e cuidadores estejam cientes dos potenciais riscos envolvidos na exposição de crianças menores de 2 anos à TV. Em vez de recorrer à tela como uma solução rápida para entreter ou acalmar os pequenos, é melhor promover interações físicas, brincadeiras ao ar livre e leitura, que são atividades comprovadamente benéficas para o desenvolvimento infantil.
A orientação das organizações pediátricas é que crianças menores de 18 meses não devem ter exposição à tela, e para aquelas entre 18 e 24 meses, a exposição deve ser bastante restrita e focada em programas educativos de alta qualidade, sempre na presença de um adulto.
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