Descoberta da Tumba de Cérbero revela segredos de 2.200 Anos na Itália

Pinturas mitológicas e um corpo bem preservado intrigam pesquisadores em Nápoles

Recentemente, a descoberta de uma tumba no município de Giugliano, ao norte de Nápoles, Itália, jogou luz sobre um pedaço importante da história romana. A estrutura, que ganhou o nome de “Tumba de Cérbero“, tem 2.200 anos e vem intrigando pesquisadores de diversas áreas. Isso se dá principalmente pelo estado de preservação, além das pinturas cheias de detalhes que adornam suas paredes.

Como está a Tumba de Cérbero?

Embora as notícias tenham se espalhado mais recentemente, a descoberta da tumba se deu em outubro do ano passado. E por um mero caso, durante obras de infraestrutura. Na câmara mortuária, havia um corpo envolto em uma mortalha e cercado por diversos itens funerários. Por exemplo, jarros ornamentais, pomadas e um estrígil, ferramenta de higiene pessoal que se usava na Roma Antiga.

A princípio, o estado de preservação do cadáver pode ter a explicação dos cuidados no seu tratamento. Só para ilustrar, pesquisadores acreditam que, nele, aplicou-se cremes à base de absinto e plantas do gênero Chenopodium, com propriedades conservantes. Essa prática, junto às condições climáticas no interior da câmara, resultou na mineralização dos tecidos que envolveram o corpo.

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Mas, é claro que existe toda uma análise destes achados em andamento. E isso está a cargo de uma equipe de especialistas sob a liderança da arqueóloga Simona Formola. O grupo inclui arqueólogos, técnicos, antropólogos, paleobotânicos e químicos. Juntos, estes estudiosos exploram a composição dos tecidos da mortalha bem como substâncias orgânicas nos recipientes ao lado do corpo.

Um dos principais objetivos é realizar uma análise de DNA. Assim, será possível identificar o indivíduo e confirmar a hipótese de que seria o progenitor da família para a qual o mausoléu foi construído.

Foto: Foto: Soprintendenza Archeologia, Belle Arti

O que significam as pinturas na tumba?

Não foi só o cadáver que impressionou na Tumba de Cérbero. Como dissemos, ela tem murais impressionantes, que incluem representações mitológicas. Entre elas, a do cão de três cabeças, Cérbero, que guardava o submundo na mitologia grega. Daí, o nome.

Aliás, essa imagem está particularmente em destaque, mostrando-o entre Hércules e Hermes. Deste modo, representa o último dos doze trabalhos de Hércules – a captura do cão monstruoso. Outras cenas mitológicas, como ictiocentauros segurando um clípeo, também adornam as paredes da tumba, enriquecendo o contexto histórico e cultural.

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Impacto da Tumba de Cérbero

A verdade é que esta descoberta amplia significativamente o conhecimento sobre a era romana. Sem falar nas portas que abre para pesquisas multidisciplinares. O local, parte de uma antiga necrópole próxima a Liternum, contribuipara entender melhor o panorama histórico e social da região.

Conforme as investigações prosseguem, espera-se que novas informações continuem a emergir. Com isso, teremos uma compreensão ainda mais rica e detalhada desse período da história.

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