Os erros em inglês que os brasileiros mais cometem sem saber

Alguns erros são muito comuns entre os brasileiros.

Estudar inglês pode servir como uma ponte para novas oportunidades, tanto profissionais quanto culturais. Para nós, falantes nativos do português, esse caminho pode ser marcado por obstáculos significativos, principalmente devido às discrepâncias linguísticas entre o português e o inglês. Por isso, há alguns erros comuns no inglês que os brasileiros cometem.

Entender essas disparidades é essencial para evitar erros comuns e para melhorar de maneira eficaz nossa fluência no idioma. Algumas das armadilhas mais frequentes incluem diferenças gramaticais marcantes e mal-entendidos léxicos, que podem confundir até o estudante mais diligente. A seguir, destacamos erros habituais que merecem atenção especial durante o aprendizado do inglês como segunda língua.

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Quais são os enganos mais frequentes ao estudar inglês?

Erros de vocabulário, especialmente os falsos cognatos, representam uma grande parte dos desafios encontrados. Os falsos cognatos, também conhecidos como falsos amigos, são palavras em dois idiomas que se parecem, mas têm significados diferentes, e são uma fonte comum de confusão para quem está aprendendo uma nova língua. No inglês, um exemplo clássico é “pretend”, que pode ser confundido com “pretender” em português, mas, na verdade, significa “fingir”.

Outro exemplo é “sensible”, que pode ser erroneamente interpretado como “sensível”, quando na verdade significa “sensato” ou “racional”. Da mesma forma, “eventually” pode ser confundido com “eventualmente”, mas seu significado real é “finalmente” ou “por fim”.

Há também “comprehensive”, que soa similar a “compreensivo”, mas significa “abrangente” ou “extenso”. Outra palavra é “parents”, que não se refere a “parentes” de forma geral, mas especificamente a “pais”. Por fim, outra palavra é”actually”, frequentemente confundida com “atualmente” e que tem seu significado real como “na verdade”. Essas palavras são visualmente similares ao português, porém completamente diferentes em significado, representando uma frequente fonte de erros.

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Como as traduções literais podem confundir os estudantes?

As traduções literais do inglês para o português podem confundir os estudantes devido às diferenças significativas nas estruturas gramaticais, idiomáticas e nos falsos cognatos entre as duas línguas.

Por exemplo, a expressão “I am cold” traduzida literalmente seria “Eu sou frio”, o que está incorreto, pois a tradução correta é “Estou com frio”. Outro caso é “to look forward to”, que se traduzido literalmente como “olhar para a frente” não faz sentido, enquanto a tradução correta é “estar ansioso por” ou “aguardar com expectativa”. Além disso, a frase “She made up her mind” poderia ser confundida com “Ela fez sua mente”, quando o correto é “Ela se decidiu”.

Outro exemplo é “He is tall for his age”, que poderia ser traduzido literalmente como “Ele é alto para sua idade”, mas em português a estrutura mais natural seria “Ele é alto para a idade dele”. Essas traduções literais não só distorcem o sentido original das frases, mas também podem levar a mal-entendidos e dificultar a fluência na comunicação. Portanto, é essencial que os estudantes aprendam a interpretar e traduzir as expressões de forma contextual e idiomática, em vez de confiar em traduções palavra por palavra.

Assim, entender o contexto e usar traduções mais flexíveis e adaptativas é importante.

Por que a escolha do verbo “Have” é tão confusa?

Em inglês, “have” pode servir como verbo principal, significando “ter” ou “possuir”, como em “I have a car” (Eu tenho um carro), e também como verbo auxiliar em tempos compostos, como no presente perfeito “I have eaten” (Eu comi).

Além disso, “have” é usado em expressões idiomáticas e em estruturas causativas, como “have a good time” (divirta-se) ou “have someone do something” (fazer alguém fazer algo). No português, o verbo “ter” é menos versátil e não assume o papel de auxiliar em tempos compostos da mesma maneira, pois essa função é desempenhada pelos verbos “ter” e “haver” em formas compostas como “eu tenho comido” ou “eu havia comido”. Essa diferença estrutural faz com que brasileiros precisem se acostumar não apenas com o significado básico de “have”, mas também com seus usos contextuais variados, o que pode ser uma fonte de confusão

Além desses, a escolha incorreta de preposições e o uso de dupla negação são falhas comuns que podem comprometer a comunicação efetiva. Entender as regras e exceções dessas situações no inglês é um passo importante para a fluência.

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Como superar esses desafios?

Por fim, aqui vão algumas dicas para você superar esses desafios na sua vida!

  • Mantenha-se exposto ao idioma através de filmes, músicas e literatura em inglês;
  • Pratique regularmente com falantes nativos ou em plataformas de aprendizado online;
  • Estude as regras gramaticais específicas que diferem do português, especialmente verbos irregulares e a posição dos adjetivos;
  • Use recursos didáticos que focam na correção de erros comuns a falantes nativos de português.

Dominar um novo idioma envolve descobertas e desafios. Porém, com foco e dedicação, é possível superar as barreiras e se tornar fluente em inglês, abrindo assim novos horizontes pessoais e profissionais.

Não desista diante dos obstáculos e continue explorando todas as oportunidades de aprendizado que essa língua global oferece.

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