Genética ou estilo de vida: estudo mostra o que te faz viver mais

Pesquisa aponta que bons hábitos são mais importantes que DNA para viver mais.

A busca pela longevidade e pela qualidade de vida é uma questão que intriga a humanidade há séculos. Diversos fatores são apontados como determinantes para uma vida longa e saudável, sendo o estilo de vida e a genética os mais debatidos. Mas qual deles tem maior influência? Esta é uma pergunta que cientistas e especialistas tentam responder através de estudos e pesquisas.

Estilo de vida engloba uma série de hábitos diários, como alimentação, exercícios físicos, controle do estresse, e até mesmo o ambiente social. Pessoas que adotam uma dieta balanceada, praticam atividades físicas regularmente e mantêm uma rede de apoio social tendem a viver mais e com melhor qualidade de vida. Por outro lado, a genética também desempenha um papel essencial. A predisposição a certas doenças, a capacidade de regeneração celular e a resistência a fatores ambientais são, em grande parte, herdadas dos nossos antepassados.

Um estudo recente parece trazer uma resposta mais clara sobre essa questão complexa. Será que nossos genes determinam nossa longevidade, ou são nossas escolhas diárias que realmente fazem a diferença? Neste artigo, exploraremos as descobertas desse estudo e como ele pode nos ajudar a entender melhor os caminhos para uma vida mais longa e saudável.

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O que influencia mais na longevidade: a genética ou o estilo de vida saudável?

A compreensão dos antecedentes de saúde familiares é essencial para a prevenção de doenças e diagnósticos precisos. Contudo, um estudo recente revelou algo interessante ao procurar responder o que influencia mais na longevidade: o estilo de vida saudável ou a genética. O estudo mostrou que o estilo de vida tem um impacto maior na longevidade do que a herança genética. Publicado na revista BMJ Evidence Based Medicine, a pesquisa da Universidade Médica de Hangzhou analisou 353.742 adultos por até 15 anos.

A influência dos hábitos saudáveis

Os participantes foram divididos com base em seus hábitos e herança genética, utilizando dados do Biobank do Reino Unido. Entre eles, 20% mostraram uma predisposição genética para viver mais, enquanto outros 20% tinham uma expectativa de vida menor. Os 60% restantes estavam em uma faixa intermediária.

Os hábitos considerados saudáveis incluíam a prática regular de atividades físicas, sono de qualidade, abstinência de fumo, consumo moderado de álcool e uma alimentação balanceada. A composição corporal também foi avaliada. De acordo com o CDC, 23% dos participantes adotaram um estilo de vida favorável à longevidade, enquanto 22% tinham hábitos menos saudáveis. Os demais 56% apresentaram expectativa de vida intermediária.

O estudo revelou que 78% dos participantes com hábitos prejudiciais tinham maior probabilidade de morte precoce, mesmo com predisposição genética favorável. Por outro lado, aqueles com hábitos saudáveis, mas genética desfavorável, conseguiram aumentar a expectativa de vida em cerca de cinco anos e meio.

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Benefícios de um estilo de vida saudável

A pesquisa destacou a importância dos hábitos saudáveis na formação de músculos, funcionamento do metabolismo e órgãos vitais, como o coração. Além disso, esses hábitos contribuem para a produção de hormônios da felicidade e a prevenção de problemas de saúde mental, como ansiedade e depressão.

No entanto, os autores do estudo, Xifeng Wu e Xue Li, reconheceram as limitações da pesquisa, que é observacional e não estabelece relações de causa e efeito. Apesar disso, eles enfatizaram que o estudo esclarece o papel fundamental de um estilo de vida saudável na mitigação do impacto de fatores genéticos na longevidade.

Desse modo, os pesquisadores sugerem que políticas de saúde pública focadas em promover estilos de vida saudáveis podem complementar os cuidados tradicionais e reduzir a influência de fatores genéticos na expectativa de vida.

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