Técnica da neurociência para proteger a sua saúde mental: aprenda!
Veja o que diz especialista em neurociência sobre o assunto
Em um mundo moderno onde somos constantemente bombardeados por uma avalanche de informações e estímulos, é cada vez mais desafiador manter nossa saúde mental em equilíbrio. A neurociência, com suas percepções valiosas sobre como nosso cérebro responde a diferentes estímulos, surge como uma aliada essencial nesse cenário.
A incessante presença de telas, notícias, redes sociais e demandas incessantes pode sobrecarregar nosso cérebro, levando ao estresse, ansiedade e esgotamento.
Como utilizar a neurociência para evitar situações prejudiciais a você
Segundo a neurociência, nosso cérebro é incrivelmente adaptável e pode se acostumar com uma ampla variedade de circunstâncias. Tanto positivas quanto negativas. Assim, esse processo, conhecido como “habituação”, ocorre quando somos expostos repetidamente a um estímulo e nossa resposta inicial diminui com o tempo.
Por exemplo, quando estamos expostos a um mau cheiro persistente ou a ruídos constantes, nosso cérebro gradualmente reduz a intensidade de nossa reação a esses estímulos. Isso acontece porque nosso cérebro prioriza a novidade e responde mais fortemente a estímulos que são novos ou potencialmente ameaçadores.
No entanto, à medida que nos familiarizamos com esses estímulos repetidos, ele ajusta sua resposta, muitas vezes diminuindo a percepção ou a importância do estímulo em questão.
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Entendendo como funciona a técnica
A neurocientista Tali Sharot oferece uma perspectiva intrigante sobre como podemos enganar nosso cérebro para superar a habituação e apreciar melhor as nuances da vida.
Ela explica que, ao fazer pausas e nos afastarmos das situações cotidianas, permitimos que nosso cérebro se “desabituasse” temporariamente. Essa desabitação, por sua vez, nos capacita a perceber com mais clareza o que nos cerca, destacando tanto os aspectos positivos quanto os negativos que podem ter passado despercebidos devido à familiaridade.
Um dos exemplos mais convincentes que Sharot apresenta é o impacto das férias em nosso bem-estar. Ela descobriu que o momento de maior felicidade durante as férias ocorre após aproximadamente 43 horas desde o início da viagem.
Esse período inicial destaca-se pela excitação e pela novidade das experiências, como a primeira vez que vemos o mar ou o primeiro coquetel na praia. No entanto, à medida que os dias passam e nos habituamos às férias, a intensidade dessas experiências tende a diminuir.
Além disso, Sharot destaca que mesmo as pausas breves podem ter um impacto significativo em nossa percepção e bem-estar.
Ao fazer uma pausa nas redes sociais, por exemplo, podemos reduzir o estresse e recuperar a felicidade. Essas pequenas interrupções na rotina permitem que recalibremos nossa resposta emocional, permitindo-nos desfrutar mais plenamente das experiências tanto positivas quanto negativas que a vida tem a oferecer.
Portanto, as ideias de Sharot destacam a importância de reconhecer a tendência natural de nosso cérebro se habituar às circunstâncias e oferecem estratégias práticas para superar essa habituação, promovendo uma maior conscientização e apreciação das experiências cotidianas.
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