Filme coreano da Netflix discute tecnologia e ética. Vale a pena assistir!

O avanço tecnológico está redefinindo o conceito de humanidade? Essa reflexão é o ponto central de “Jung_E”, um filme da Netflix dirigido por Yeon Sang-ho, que apresenta um futuro marcado pela fusão entre tecnologia e ética.

A obra explora os limites da existência humana em um contexto onde máquinas autoconscientes e androides não são apenas ferramentas, mas peças essenciais em um mundo em ruínas.

O verdadeiro conceito de humanidade

O filme se passa em um cenário onde os poucos sobreviventes da Terra se refugiaram em colônias espaciais após o aumento do nível dos mares. A trama gira em torno do País de Adrian, um conjunto de abrigos que, em busca de poder, inicia uma guerra contra os demais refugiados.

Enquanto o planeta se transforma em uma paisagem desolada, os habitantes restantes vivem para fabricar armamentos, resignados a um conflito interminável. Assim, esse pano de fundo estabelece um ambiente em que o valor da vida humana é reduzido a números e utilidade.

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No centro da narrativa está Yun Seo-hyun, interpretada por Kang Soo-yeon em sua última atuação antes de sua morte em 2022. A cientista é uma mulher determinada a criar o soldado ideal para vencer essa guerra.

Sua escolha de usar a memória de sua mãe, Yun Jung-yi, uma heroína de guerra em coma há mais de 30 anos, para desenvolver esse projeto traz dilemas éticos e emocionais profundos. Interpretada por Kim Hyun-joo, Jung-yi é a base para um experimento que questiona até onde é aceitável ultrapassar os limites da moralidade em nome da sobrevivência.

Relação entre humanidade e tecnologia

Yeon Sang-ho não é estranho a narrativas que questionam os aspectos mais sombrios da humanidade. Em “Invasão Zumbi” (2016), ele abordou o colapso social através de uma pandemia de mortos-vivos. Já em “Jung_E”, o foco muda para a relação entre humanidade e tecnologia, trazendo discussões filosóficas que ecoam pensamentos nietzschianos sobre poder e transcendência.

Embora “Jung_E” explore temas relevantes como o valor da memória, o impacto da tecnologia e os limites éticos da ciência, o filme equilibra esses questionamentos com sequências visuais impressionantes. As escolhas narrativas de Sang-ho tornam-se um convite para o público refletir sobre um futuro em que a inteligência artificial não apenas simula a humanidade, mas se confunde com ela.

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Análise de Jung_E

“Confesso que em certo momento fiquei um pouco entediada, mas o filme me surpreendeu com reviravoltas que eu não esperava de jeito nenhum! A trama é boa e combina bem ação, drama e reflexões sobre inteligência artificial. Para quem curte ficção científica com conteúdo interessante, vale a pena conferir!”

Confira o trailer:

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