4 lições poderosas para sobrevivência do planeta, segundo Jane Goodall
Renomada primatóloga, etóloga e antropóloga que revolucionou a compreensão científica sobre chimpanzés nos lembra de lições importantes sobre o planeta.
Aos 85 anos, a primatóloga Jane Goodall não só testemunhou a capacidade de recuperação da natureza, mas também cultivou uma crença inabalável no potencial humano para enfrentar e superar desafios ambientais. Com uma vida dedicada ao estudo dos chimpanzés e à conservação ambiental, Goodall traz 4 lições que trazem esperança na regeneração da terra.
1. A força da natureza
A natureza, segundo Goodall, é a maior mestra quando se trata de superação e adaptação. Ela traz exemplos emocionantes de força, como a “Árvore Sobrevivente” do 11 de Setembro e árvores centenárias que resistiram à bomba de Nagasaki, reforçando a ideia de que, apesar da nossa tendência de subestimar as capacidades do mundo natural, existe uma inteligência e uma força vital na natureza que pode nos guiar a uma coexistência mais harmoniosa com o planeta.
Jane ainda pondera:
“Todo dia impactamos o planeta. É o efeito cumulativo de milhões de pequenas atitudes éticas que fará a diferença”.
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2. O intelecto humano
Goodall destaca que o que nos distingue no reino animal não é apenas nossa capacidade de raciocinar, mas como escolhemos usar essa habilidade. Ela nos lembra que, enquanto nosso intelecto nos permitiu dominar o mundo de formas sem precedentes, também nos conduziu a situações de crise por meio de decisões questionáveis movidas por ganância e poder.
“É uma mistura de ganância, ódio, medo e desejo pelo poder que nos leva a utilizá-lo de maneira equivocada. A boa notícia é que um intelecto capaz de criar armas químicas e inteligência artificial também consegue inventar maneiras de curar o mal que fizemos a esse pobre planeta”, diz Goodall.
Jane acredita que a mesma inteligência que criou problemas é capaz de encontrar soluções sustentáveis, como a energia renovável e a agricultura regenerativa, evidenciando que o verdadeiro progresso está no equilíbrio entre mente e coração.
3. A inconformada determinação do ser humano
“É a qualidade em nós que nos faz enfrentar o que parece impossível, e jamais desistir. Apesar do escárnio e da zombaria dos outros, apesar do possível fracasso”, Goodall ressalta.
A primatóloga evoca o espírito indômito do ser humano, aquela força interior que nos empurra a enfrentar o impossível com coragem e perseverança. Citando exemplos de figuras históricas que lutaram por justiça e igualdade, Goodall nos encoraja a aproveitar essa energia inquebrantável não apenas para superar adversidades, mas para imaginar e construir um mundo que valorize a vida em todas as suas formas.
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4. O ativismo dos jovens
Por fim, Goodall coloca os jovens no centro da transformação ambiental necessária para o nosso tempo. Através do programa Roots & Shoots, ela testemunhou como o ativismo jovem, impulsionado por conhecimento e paixão, pode levar a mudanças significativas. Este movimento global não apenas desafia o status quo, mas também reafirma a crença de Goodall na capacidade de cada indivíduo de contribuir para um futuro mais sustentável.
“Zombaram do primeiro grupo Roots & Shoots por limparem uma praia sem serem pagos. Mas logo uma explosão de atividade deu lugar a um novo fenômeno na Tanzânia: o voluntariado. Aquele foi um programa de base e, aos poucos, outras escolas se envolveram.”.
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