6 dúvidas sobre o português que quase todo mundo tem

Descubra como evitar 6 erros comuns no português.

Nascida no seio das tradições latinas, a língua portuguesa carrega consigo uma riqueza histórica e uma complexidade gramatical que torna o seu aprendizado bastante difícil. E é por conta de toda essa complexidade dentro do nosso idioma que existem algumas questões que geram muitas dúvidas para os brasileiros acerca da língua portuguesa.

Por que a língua portuguesa é tão difícil?

A língua portuguesa é frequentemente considerada difícil e confusa devido à sua complexidade gramatical, vasta quantidade de vocabulário e variações regionais. Sua gramática inclui uma ampla gama de regras e exceções, como conjugação de verbos em diferentes tempos e modos, concordância nominal e verbal, além do uso de pronomes e preposições.

A ortografia também apresenta desafios, com diversas regras para acentuação e hifenização que podem confundir até os falantes nativos. Além disso, o português tem uma rica herança lexical, influenciada por diversas línguas ao longo da história, como o latim, o árabe, o tupi e o africano, o que contribui para a diversidade de sinônimos e expressões idiomáticas.

Sem contar que as variações regionais e dialetais entre os países lusófonos, e até mesmo dentro de um único país como o Brasil, acrescentam outra camada de complexidade, tornando o entendimento e o uso uniforme da língua um desafio. Por fim, a evolução contínua da língua, com a introdução de neologismos e mudanças nas normas ortográficas, exige que os falantes estejam constantemente se adaptando. Todos esses fatores combinados fazem do português uma língua rica e bela, mas também uma das mais desafiadoras de dominar plenamente.

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Quais são os erros mais comuns no português?

Então, justamente por essa ser uma língua tão difícil, separamos aqui alguns erros que talvez você ainda cometa.

1. Uso de “mim” e “eu”

“Mim” e “eu” são pronomes pessoais que muitas vezes causam confusão. “Eu” é um pronome pessoal do caso reto, usado como sujeito das frases. Por exemplo: “Eu fiz o bolo”. Por outro lado, “mim” é um pronome oblíquo tônico, usado geralmente após preposições.

Exemplo: “Para mim, o filme foi excelente”. A frase correta é “Não há mais nada entre mim e você”, pois “mim” está sendo usado após a preposição “entre”.

2. Verbo “fazer” em expressões de tempo

O verbo “fazer” é usado de forma impessoal em expressões de tempo, indicando o tempo decorrido desde um evento. Ele sempre fica no singular, mesmo se o período mencionado for plural, como em “Faz cinco anos que nos conhecemos”.

3. “Senão” ou “Se não”

“Senão” é usado para expressar ideia de exceção ou substituição, equivalente a “caso contrário” ou “a não ser”. Exemplo: “Faça o trabalho, senão será reprovado”. “Se não” é utilizado quando “se” é uma conjunção condicional e “não” um advérbio de negação, como em “Se não chover, iremos à praia”.

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4. “Enfim” ou “Em fim”

O correto é “enfim”, que é um advérbio de tempo utilizado para indicar conclusão ou fim de algo, equivalente a “finalmente” ou “ultimamente”. Por exemplo, “Enfim, conseguimos terminar o projeto”.

A expressão “em fim” raramente é correta e é usada em contextos muito específicos e mais formais, geralmente como uma locução prepositiva para indicar “no final de”. Porém, em uso comum e cotidiano, “enfim” é a forma correta e amplamente aceita.

5. “A” ou “Há”

“Há” é a forma do verbo “haver” usada para indicar tempo passado e é equivalente a “faz” em algumas construções. Exemplo: “Há dez anos, eu estava em Barcelona”. “A”, quando usado para tempo, refere-se a um tempo futuro, como em “Daqui a dez anos, voltarei a Barcelona”.

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6. “Terçol” ou “Tersol”

Por fim, essa é outra confusão. A forma correta é “terçol”, que se refere à infecção nas glândulas da pálpebra. Portanto, “Tersol” é uma forma incorreta que muitos ainda usam, mas que a norma culta não aceita.

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