Novo dispositivo é capaz de isolar o cérebro do resto do corpo: Como funciona?

Avanço tecnológico revoluciona estudos sobre o cérebro

O cérebro é um órgão essencial e complexo do corpo humano. Ele controla funções vitais, como memória, pensamento, coordenação motora e emoções. Compreender seu funcionamento é crucial para avanços na neurociência.

Recentemente, alguém criou um dispositivo inovador que isola o cérebro do resto do corpo. Esse avanço tecnológico tem o potencial de revolucionar estudos experimentais, como pesquisas sobre isquemia cerebral e distribuição de medicamentos.

Para entender como esse dispositivo funciona, é importante compreender a manipulação do fluxo sanguíneo cerebral. A circulação sanguínea é fundamental para fornecer oxigênio e nutrientes ao cérebro, garantindo seu correto funcionamento. No entanto, em certos casos, é necessário isolar o cérebro do fluxo sanguíneo do corpo para estudos mais precisos.

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Método utilizado

O método utilizado para modular o fluxo sanguíneo cerebral é o Controle Circulatório Pulsátil Extracorpóreo (EPCC). Esse sistema foi desenvolvido com o objetivo de permitir ajustes personalizados, preservando a atividade cerebral durante experimentos. De fato, em testes feitos em porcos, o EPCC mostrou-se eficaz, mantendo a estabilidade circulatória cerebral próxima ao estado nativo por até cinco horas.

Os resultados obtidos por meio da análise neurofisiológica revelaram mudanças mínimas na atividade neural sob o EPCC. Isso é essencial para futuras investigações neurofisiológicas independentes da condição circulatória geral. O EPCC oferece controle preciso sobre a perfusão cerebral, preservando a atividade neural em porcos e permitindo pesquisas neurofisiológicas avançadas.

Benefícios de isolar o cérebro

Um dos benefícios é a possibilidade de entender melhor os efeitos de fatores específicos, como a hipoglicemia, apenas no cérebro. Embora cientistas já possam induzir hipoglicemia em animais de laboratório restringindo a ingestão de alimentos ou administrando insulina, o corpo pode compensar parcialmente essas alterações, afetando o metabolismo e, portanto, o cérebro.

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Além disso, o novo dispositivo permite aos pesquisadores alterar diretamente o conteúdo de glicose no sangue que é bombeado para o cérebro. Isso proporciona um maior controle sobre as condições experimentais, permitindo um estudo mais preciso dos efeitos da hipoglicemia no cérebro, na ausência de outros fatores.

Dessa forma, o desenvolvimento desse novo dispositivo representa um avanço significativo na neurociência. Com o Controle Circulatório Pulsátil Extracorpóreo, é possível preservar a atividade neural e realizar estudos independentes da circulação do corpo. Isso abre caminho para pesquisas neurofisiológicas mais avançadas e aprofundadas, contribuindo para uma melhor compreensão do cérebro humano e possíveis avanços no tratamento de doenças neurológicas.

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