O amor deu errado? Estudo mostra que é possível resetar o seu coração

Quando se ama, tantas coisas acontecem.

Quando se trata de amor e relacionamentos, a ciência tem muito a dizer sobre como nossos cérebros reagem à presença de entes queridos. Pesquisadores da University of Colorado at Boulder descobriram que o cérebro produz mais dopamina, um hormônio que induz prazer, quando estamos com nossos parceiros ou ansiando por sua companhia.

Este estudo, focado em preás de pradaria, que são notáveis por formarem laços monogâmicos semelhantes aos humanos, lança luz sobre a biologia do desejo e do amor.

A dopamina não só nos motiva a buscar a companhia de nossos parceiros, mas também desempenha um papel crítico em manter o amor vivo, reforçando a importância dos laços afetivos na saúde mental e bem-estar.

Dopamina: a assinatura biológica do desejo

A pesquisa foi publicada em 12 de janeiro na revista Current Biology. O estudo revelou que a presença de um parceiro desencadeia uma inundação de dopamina no centro de recompensa do cérebro, incentivando-nos a superar obstáculos para manter essa conexão especial.

Este fenômeno não se manifesta da mesma forma com conhecidos ou estranhos, indicando uma “assinatura biológica do desejo” que nos faz querer estar com certas pessoas mais do que outras. A dopamina, portanto, não apenas sinaliza prazer, mas também motiva ações que sustentam relacionamentos íntimos ao longo do tempo.

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Esperança para corações partidos

Interessantemente, o estudo também aborda como o cérebro se ajusta após a separação. Quando casais de preás foram separados por um período prolongado, a intensa resposta de dopamina ao reencontro quase desapareceu.

Isso sugeriu que o cérebro pode “resetar” após a perda de um parceiro. Esta descoberta oferece esperança para humanos que passam por términos dolorosos ou perda de entes queridos.

Isso porque, indica que nosso cérebro possui mecanismos inatos para nos ajudar a superar o amor não correspondido e formar novos laços. Mais pesquisas serão necessárias para entender completamente como esses resultados se aplicam aos humanos.

Contudo, as implicações para o tratamento de distúrbios relacionados à incapacidade de formar ou superar relações são significativas.

Este estudo aprofunda nossa compreensão dos mecanismos neurológicos por trás dos relacionamentos amorosos. Além disso, também abre caminho para novas abordagens terapêuticas para aqueles que lutam com questões de relacionamento ou luto prolongado.

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