O que é overthinking? Como isso afeta sua vida e como você pode controlar?

Entenda como desafiar pensamentos exagerados para reduzir a ansiedade.

Pensar demais, ou overthinking, tornou-se uma prática comum em um mundo cheio de estímulos e demandas diárias, afetando milhões de pessoas no Brasil e ao redor do mundo.

Esse comportamento, que consiste na repetição constante de pensamentos sobre situações passadas ou futuras, pode causar um ciclo de estresse e ansiedade, afetando diretamente a saúde mental e a produtividade.

Estudos indicam que o overthinking está relacionado a um aumento nos níveis de preocupação, o que impacta a capacidade de tomar decisões e realizar atividades do cotidiano com eficácia. Essa tendência exagerada de ruminação não só prejudica o bem-estar individual, mas também restringe o potencial de crescimento em diversas áreas da vida.

A boa notícia é que existem estratégias eficazes para quebrar esse ciclo e promover uma mente mais tranquila e equilibrada.

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Como identificar e controlar o overthinking

Overthinking
Pensamentos intrusivos podem surgir a qualquer momento, especialmente em situações de pressão — Imagem: Freepik

Interrompa os pensamentos intrusivos antes que dominem sua mente

Pensamentos intrusivos podem surgir a qualquer momento, especialmente em situações de pressão, como antes de uma reunião ou apresentação importante. Esses pensamentos tendem a ser irracionais e catastróficos, levando a imaginar cenários negativos sem embasamento. Assim, uma forma eficaz de controlar esses pensamentos é registrá-los.

Dedique alguns minutos pela manhã ou durante o dia para anotar o que está passando pela sua mente. Ao colocar suas preocupações no papel, você faz uma pausa no ciclo de pensamentos, adiando a análise dessas ideias para um momento mais tranquilo. Além disso, essa prática auxilia na organização das ideias e evita que pensamentos ansiosos atrapalhem suas atividades diárias.

Outra técnica simples é respirar profundamente e apenas reconhecer o pensamento sem reagir imediatamente. Isso impede que o overthinking se transforme em ruminação, um ciclo de preocupações que prejudica o foco. Um diário de preocupações pode ser uma ferramenta útil para registrar e refletir sobre os pensamentos que surgem, sem permitir que dominem suas emoções.

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Analise e questione seus pensamentos para reduzir a ansiedade

Uma abordagem eficaz para controlar o excesso de pensamentos é analisar e questionar seus padrões mentais. Baseada na Terapia Cognitivo-Comportamental, essa técnica auxilia na identificação de pensamentos distorcidos, na categorização e no questionamento deles. Pensamentos catastróficos, como imaginar o pior cenário em qualquer situação, são comuns em pessoas que sofrem de overthinking.

Por exemplo, ao pensar “Cometi um erro hoje, então sou péssimo no meu trabalho e nunca vou ser promovido”, é essencial questionar: existem evidências sólidas para sustentar essa ideia? Repensar esses pensamentos com base em fatos reais auxilia a enxergar a situação de maneira mais equilibrada. Questões como “Quais são as chances reais disso acontecer?” ou “Estou exagerando por conta de emoções momentâneas?” podem ajudar a colocar os pensamentos em perspectiva.

Com a prática, questionar pensamentos torna-se uma habilidade natural, reduzindo a ansiedade e permitindo uma abordagem mais racional e positiva das situações cotidianas.

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Situações comuns do dia a dia que podem desencadear o overthinking

  1. Relações interpessoais: analisar repetidamente uma conversa, uma atitude de alguém ou um possível desentendimento, buscando entender o porquê e culpando-se ou culpando os outros é um sinal claro de overthinking.
  2. Trabalho: preocupar-se excessivamente com o desempenho, prazos, a opinião dos colegas ou superiores, e criar cenários catastróficos sobre possíveis erros ou fracassos.
  3. Saúde: ficar obcecado com sintomas físicos, pesquisar doenças na internet e imaginar o pior cenário, ainda que sem motivos para isso.
  4. Decisões: ruminação sobre diferentes opções, ponderando prós e contras de cada uma, e ter dificuldade em tomar uma decisão final, mesmo com informações suficientes.
  5. Eventos futuros: preocupar-se antecipadamente com eventos que ainda não ocorreram, como uma apresentação, uma prova ou uma reunião importante.
  6. Passado: por fim, lamentações constantes sobre erros cometidos, arrependimentos e situações que não podem ser alteradas.

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