Os bastidores financeiros dos atletas olímpicos: quanto eles realmente ganham?

Como os atletas olímpicos garantem sua renda? Conheça os principais meios de sustento dos esportistas de elite, além das competições

A pergunta “quanto ganha um atleta olímpico?” é comum durante os Jogos Olímpicos. Afinal, a remuneração dos atletas olímpicos é um tema que desperta muita curiosidade, especialmente com o andamento dos Jogos Olímpicos de Paris 2024.

Ao contrário do que muitos acreditam, não existe um salário fixo garantido para os atletas que participam das Olimpíadas. A renda desses esportistas é composta por diversos fatores, como patrocínios, prêmios em dinheiro e incentivos governamentais.

Salários e patrocínios

Os atletas de elite geralmente obtêm a maior parte de sua renda por meio de contratos de patrocínio. Esses acordos podem variar consideravelmente, dependendo da popularidade do esporte e da visibilidade do atleta. Por exemplo, atletas que competem em modalidades com maior audiência, como futebol e basquete, tendem a atrair patrocinadores mais generosos.

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Além dos patrocínios, alguns atletas são contratados por clubes esportivos ou federações nacionais, recebendo remunerações fixas. Esse arranjo é comum em esportes como futebol, basquete e vôlei. Esses salários ajudam a sustentar os atletas durante o período de preparação e as competições.

Em muitos países, os atletas também recebem prêmios em dinheiro por suas performances nos Jogos Olímpicos. Nos Estados Unidos, o Comitê Olímpico e Paralímpico oferece US$ 37.500 por uma medalha de ouro, US$ 22.500 por uma medalha de prata e US$ 15.000 por uma medalha de bronze. Esses valores variam conforme o país e a política de incentivo adotada.

Outra fonte de renda para os atletas vem de competições internacionais e nacionais. Muitos deles participam de torneios, campeonatos mundiais e regionais que ocorrem anualmente, garantindo uma fonte de renda e mantendo seu nível competitivo.

Trabalho e carreira alternativa

Além disso, alguns atletas atuam em áreas relacionadas ao esporte, como treinadores, instrutores, palestrantes motivacionais ou em academias. Eles compartilham suas experiências e conhecimentos, mantendo-se envolvidos no meio esportivo.

Muitos atletas também se dedicam a estudos ou carreiras paralelas, como educação física, gestão esportiva ou até mesmo em áreas diferentes, como negócios ou mídia, para garantir estabilidade financeira a longo prazo.

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Incentivos no Brasil

No Brasil, os atletas têm acesso a diversas formas de apoio financeiro, como bolsas e incentivos oferecidos pelos governos federal, estadual e municipal. Programas como o Bolsa Atleta ajudam a assegurar uma renda mínima para os esportistas. Além disso, o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) oferece premiações específicas para os medalhistas olímpicos.

Para os Jogos Olímpicos de Paris 2024, o COB definiu os seguintes valores para os medalhistas brasileiros: R$ 350 mil para medalha de ouro, R$ 210 mil para medalha de prata e R$ 140 mil para medalha de bronze em competições individuais. Já em disputas coletivas, os prêmios são de R$ 1.050.000 para o ouro, R$ 630 mil para a prata e R$ 420 mil para o bronze.

Apoio do COI e confederações nacionais

Por outro lado, o Comitê Olímpico Internacional (COI) não oferece salários diretamente aos atletas. Em vez disso, o COI repassa recursos para as confederações nacionais, que utilizam esses fundos para apoiar seus atletas. Isso pode incluir desde suporte logístico até ajudas financeiras diretas.

Assim, por meio de uma combinação de competições, patrocínios, trabalho, mídia e planejamento, os atletas olímpicos conseguem sustentar suas carreiras e manter sua preparação até as próximas Olimpíadas.

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