Os problemas de ser inteligente que ninguém te conta

Alto Q.I pode afetar saúde física e emocional, aponta estudo

Inteligência é frequentemente vista como uma bênção, uma qualidade que abre portas para o sucesso e oportunidades ilimitadas.

No entanto, à medida que exploramos mais profundamente o complexo mundo da mente humana, descobrimos que a inteligência excessiva não está isenta de desvantagens.

De fato, um estudo recente lançou luz sobre os desafios e dificuldades que acompanham aqueles dotados de altos níveis de inteligência.

Enquanto a sociedade muitas vezes idealiza a genialidade, este estudo revela que ser excessivamente inteligente pode trazer consigo uma série de desafios e até mesmo perturbadores.

Estudo revela pontos negativos em ter muita inteligência

Um recente estudo publicado na revista Intelligence trouxe à tona uma descoberta intrigante: embora muitos considerem a inteligência como um dom supremo, uma mente aguçada pode, na verdade, estar associada a uma série de desvantagens físicas e psicológicas.

Conduzido pela equipe de pesquisadores, o estudo focou em indivíduos com um alto QI, pertencentes à organização Mensa, cujos membros possuem uma pontuação de 132 ou mais em testes de inteligência.

Aproximadamente 75% dos participantes, o que equivale a 3.715 pessoas, responderam à pesquisa, permitindo à equipe de cientistas comparar os resultados para cada problema com a média nacional.

Para investigar as implicações de ter uma inteligência excepcional, os pesquisadores enviaram uma pesquisa por e-mail aos membros da Mensa, solicitando informações sobre diagnósticos oficiais de problemas físicos e psicológicos, bem como autoavaliações da presença desses problemas.

O impressionante resultado após a análise dos dados coletados mostrou: indivíduos com altos níveis de inteligência enfrentam uma variedade de desafios de saúde mental e física em uma magnitude alarmante em comparação com a população em geral.

As descobertas mais impactantes do estudo mostraram que os membros da Mensa têm uma probabilidade muito maior de enfrentar problemas de saúde mental, incluindo desordens de humor, crises de ansiedade, sintomas de TDAH e até mesmo doenças dentro do espectro de autismo.

Além disso, o estudo revelou um aumento significativo na prevalência de problemas físicos, como alergias alimentares e ambientais, asma e doenças autoimunes entre os indivíduos com alto QI.

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Resultado da pesquisa

  • 530% mais propensão a desenvolver doenças dentro do espectro do autismo.
  • 333% mais propensão a desenvolver alergias ao ambiente.
  • 285% mais propensão a experimentar desordens de humor.
  • 242% mais propensão a enfrentar crises de ansiedade.
  • 239% mais propensão a apresentar sintomas de TDAH.
  • 150% mais propensão a ter alergias alimentares.
  • 134% mais propensão a desenvolver asma.
  • 100% mais propensão a ter doenças autoimunes.

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Fatores a considerar

Há a possibilidade de que outros fatores influenciem essa associação, como características individuais ou fatores genéticos pleiotrópicos.

Estudos anteriores sugerem que genes podem influenciar tanto a inteligência quanto outros aspectos da saúde. Portanto, é importante considerar uma gama de fatores ao interpretar essas descobertas.

Clinicamente, essas conclusões destacam a importância de abordar integralmente o bem-estar físico e mental das pessoas, utilizando percepções desses estudos para melhorar a qualidade de vida.

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