Quebre a negatividade: veja como mudar sua vida com as palavras
Porque as palavras têm mais poder do que você imagina!
As palavras têm um impacto significativo no nosso bem-estar psicológico, especialmente aquelas que usamos para nos descrever. Nos EUA, há uma velha rima infantil que diz “Paus e pedras podem quebrar meus ossos, mas as palavras nunca me machucarão”. Ela sugere que as palavras dos outros não precisam nos atingir. No entanto, palavras críticas e duras frequentemente causam dor emocional. Isso se aplica tanto às palavras que recebemos dos outros quanto às que dirigimos a nós mesmos. Na verdade, palavras negativas podem nos ferir tanto quanto qualquer comentário ofensivo de terceiros. Por isso, é tão importante saber como trocar as palavras negativas e transformá-las em algo positivo.
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O impacto da linguagem no pensamento
Benjamin Whorf (1897–1941), um linguista americano do século XX, propôs que a língua que falamos molda a nossa percepção do mundo. Só para se ter uma ideia, existe um mito de que os Inuit têm mais de 50 palavras para neve. E, que cada uma dessas palavras altera a nossa percepção sobre a neve.
Apesar de ser uma lenda urbana, a ideia principal de Whorf é que a linguagem molda o pensamento. Por exemplo, o uso de termos profissionais neutros em gênero, como “bombeire” em vez de “bombeiro”, influencia nossa percepção dessas profissões, tornando-as mais inclusivas para todos.
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O perigo dos rótulos e das palavras negativas
Os terapeutas cognitivos identificam que atribuir rótulos negativos a si mesmo é uma distorção cognitiva que pode afetar seriamente o humor e a autoestima.
Por exemplo, se alguém falha em uma apresentação no trabalho, pode encarar isso como uma oportunidade de aprendizado e se preparar melhor da próxima vez. Mas se a pessoa se rotula como um “fracasso”, pode começar a pensar que não vale a pena tentar novamente.
Porém, rótulos negativos como “perdedor” ou “fracassado” criam uma prisão mental, limitando o potencial e gerando infelicidade. Eles não ajudam a resolver problemas, apenas intensificam a sensação de inadequação.
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A escolha cuidadosa das palavras
As palavras possuem um poder significativo. Elas podem nos motivar e inspirar a alcançar grandes feitos ou nos predispor a falhar por meio de profecias autorrealizáveis. Esperar pelo fracasso geralmente leva a um desempenho inferior, confirmando as expectativas negativas.
Adquirir um estilo de autoquestionamento ao falar consigo mesmo pode ajudar a reavaliar experiências diárias de forma mais equilibrada. Em vez de fazer afirmações definitivas como “Eu sou um fracasso”, pare o pensamento negativo e substitua-o por algo mais racional, como “Cometi erros, mas isso não me define como um fracasso.”
Essa abordagem permite uma visão mais construtiva e orientada para soluções. Lembro-me de um discurso de formatura que enfatizou: “O fracasso não é fatal. É feedback.”
Shakespeare também nos lembra em Hamlet: “Não há nada bom ou ruim, mas o pensamento torna tudo assim.” Isso sugere que a maneira como interpretamos nossas experiências pode mudar a realidade percebida.
Identificar e substituir pensamentos negativos por pensamentos saudáveis é uma habilidade que pode ser desenvolvida, muitas vezes com a ajuda de um terapeuta cognitivo-comportamental.
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Refletindo sobre o diálogo interno
Por fim, pare e pense: o que você diz a si mesmo quando está sozinho? Seu discurso interno o encoraja ou o desanima? Muitas vezes, o diálogo interno negativo reflete críticas que ouvimos de figuras importantes em nossas vidas, como pais ou professores, e que acabamos internalizando.
Porém, é importante lembrar que você controla sua mente. Assim, as críticas internas não podem dominar seus pensamentos sem sua permissão.
Como disse Oscar Wilde: “Por favor, não atire no pianista; ele está fazendo o seu melhor.” Da mesma forma, devemos nos lembrar de que estamos fazendo o nosso melhor e evitar usar palavras que nos diminuem.
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