Pensar dói? Entenda por que o esforço mental pode ser desagradável!
Saiba como o esforço mental afeta nosso bem-estar e por que muitas vezes evitamos atividades desafiadoras
Sabia que pensar dói? Você, provavelmente, já deve ter essa sensação, sobretudo após passar hora e horas “matutando” sobre alguma coisa. E não está errado, não! Segundo o portal Science Alert, uma revisão de pesquisas confirma a impressão que muitos já tivemos, por exemplo, ao tentar resolver um problema de matemática ou, pesar os prós e contras de uma decisão
Evidência de que pensar dói: o que dizem os estudos?
E elas fazem isso por que? Por gostar de pensar arduamente? De fato, não! Pelo contrário, as pessoas realmente não gostam de esforço mental.
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A princípio, a equipe analisou 170 estudos anteriores publicados entre 2019 e 2020, envolvendo 4.670 participantes em 358 diferentes tarefas cognitivas. Apesar da variedade nos estudos, todos usaram o padrão NASA Task Load Index (NASA-TLX) para avaliar a carga mental.
A análise identificou uma forte e consistente ligação entre esforço mental e sentimentos desagradáveis. De acordo com a metodologia, esses sentimentos podem incluir insegurança, desânimo, irritação, estresse e aborrecimento.
O que isso quer dizer na prática?
Essa associação foi observada em diferentes tipos de tarefas, desde a realização de uma cirurgia assistida por robôs até a navegação em uma estação de trem virtual. Também foi evidente entre diferentes tipos de pessoas, desde estudantes universitários até militares.
Em todas, quanto maior o esforço mental, maior o desconforto. Ou seja, na totalidade delas, pensar dói. Mas, curiosamente, a relação não foi tão forte em países asiáticos.
Isso, possivelmente, seria resultado das longas horas escolares desde cedo, que ajudam os estudantes a tolerar o esforço mental. De qualquer forma, os achados mostram que o esforço mental é percebido como desagradável em uma ampla gama de populações e tarefas.
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Ok, mas o que isso implica, na prática? De modo geral, essa conclusão é importante para qualquer profissional ao projetar tarefas, ferramentas, interfaces, aplicativos, materiais ou instruções. Afinal, tarefas mentais difíceis levam a uma espécie de esgotamento cerebral.
Ademais, a concentração intensa por longos períodos de tempo levar inclusive a uma toxicidade no cérebro.
Por que nos engajamos em atividades desafiadoras?
Então, se pensar dói, por que as pessoas se engajam deliberadamente em atividades mentalmente desafiadoras, como o xadrez? Os pesquisadores acreditam que isso pode acontecer porque há algum tipo de recompensa envolvida. Por exemplo, ganhar um jogo, socializar com outros ou ganhar dinheiro.
Ou seja, talvez as pessoas escolham atividades que exigem esforço mental apesar do esforço, e não por causa dele.
A mente inquieta e o sono
Além do fato de que pensar dói, a conexão entre esforço mental e desconforto também se reflete na dificuldade de dormir. Muitas pessoas enfrentam problemas para pegar no sono ou mantê-lo devido a uma mente inquieta.
Pensamentos acelerados, mesmo que não sejam ansiosos, podem impedir o descanso adequado. Isso ocorre porque o cérebro processa informações acumuladas durante o dia, e é na tranquilidade da noite que essas preocupações emergem.
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Para combater essa insônia causada por uma mente ativa, existem estratégias eficazes. Uma delas é desligar dispositivos eletrônicos antes de dormir, pois isso ajuda a reduzir a estimulação mental e a produção de melatonina.
Além disso, programar um tempo específico para se preocupar antes de dormir pode aliviar a mente, permitindo um sono mais tranquilo. Essas práticas são essenciais para criar uma rotina de sono saudável e combater a ruminação noturna.
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