Pix seguro: conheça o MED e evite fraudes financeiras

O Mecanismo Especial de Devolução (MED) do BACEN é uma ferramenta importante para combater fraudes no Pix

Por Ingra Bárbara Em 27 jul, 2024

Você já ouviu falar do Mecanismo Especial de Devolução (MED)? Criado pelo Banco Central do Brasil, o MED recurso visa facilitar devoluções no sistema Pix em casos de fraudes ou falhas operacionais.

Com a crescente popularidade do Pix como modalidade de pagamento instantâneo e digital, aumentaram também os registros de golpes financeiros. O MED surge como uma ferramenta eficiente para proteger a população dessas ocorrências. Confira a seguir como esse mecanismo funciona.

Como opera o Mecanismo Especial de Devolução (MED)?

Em caso de suspeita de fraude envolvendo o Pix, é fundamental agir com rapidez.

Primeiramente, é necessário contatar a instituição financeira responsável pela conta-corrente, por meio dos canais oficiais de atendimento. É importante ressaltar que existe um prazo de até 80 dias a partir da data da transação suspeita para acionar o MED.
Posteriormente, após esse primeiro contato, o banco conduzirá uma investigação minuciosa para verificar a ocorrência da fraude.
Por fim, caso a fraude seja confirmada no decorrer da investigação, o processo de estorno será iniciado. Isso pode resultar na devolução integral ou parcial do montante, dependendo dos recursos disponíveis na conta do fraudador no momento da identificação do golpe.

Esse protocolo não apenas busca recuperar o valor perdido, mas também atua como um dispositivo dissuasor contra futuras tentativas de fraude.

No entanto, a eficácia atual do MED tem recebido críticas. De acordo com dados do Banco Central, apenas 9% dos pedidos de reembolso em 2023 foram bem-sucedidos. Tal cenário se deve, frequentemente, à rápida movimentação do dinheiro por parte dos criminosos, que transferem os valores para outras contas ou realizam saques imediatos.

Para lidar com esse problema, o Banco Central planeja introduzir o MED 2.0, uma atualização substancial que possibilitará o bloqueio de recursos em diferentes camadas de transações. Essa nova versão está prevista para entrar em vigor em 2025 e visa incrementar consideravelmente as chances de recuperação dos valores.

Quando não recorrer ao MED?

É relevante destacar que o MED é aplicável somente em situações de fraude ou falhas operacionais, como duplicidade nos pagamentos. Não tem como objetivo resolver outras falhas de transferência cometidas pelo usuário. Para tais casos, cada instituição financeira disponibiliza procedimentos simples de resolução por meio dos aplicativos, permitindo que o destinatário equivocado efetue a devolução do valor recebido indevidamente.

Dessa forma, ao realizar transferências via Pix, é imprescindível verificar minuciosamente os dados do destinatário e o valor a ser enviado. A prevenção é essencial para evitar transtornos e a necessidade de recorrer a recursos como o MED. Manter-se informado sobre os protocolos de segurança e utilizar de forma consciente as ferramentas disponíveis são as melhores práticas para garantir a segurança de suas transações financeiras.