Por que temos o ano bissexto e o que aconteceria se ele não existisse?
Entendendo sua importância e história.
O ano bissexto é um conceito interessante e importante na medição do tempo, criado para alinhar o calendário anual com a órbita da Terra ao redor do Sol. Um ano bissexto possui 366 dias, um a mais do que o normal, e ocorre a cada quatro anos, com algumas exceções.
A principal razão para a existência de anos bissextos é a duração do ano solar, que é de aproximadamente 365,2422 dias. O calendário convencional, por convenção, tem 365 dias. Portanto, todos os anos, sobram aproximadamente 5h48m46s, ou 0,2422 dia.
Então, para corrigir essa discrepância, a cada quatro anos, essas horas extras são somadas e resultam em um dia inteiro, que é adicionado ao calendário no mês de fevereiro, gerando o dia 29.
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Como começou o ano bissexto?
Antes de mais nada, essa prática foi inicialmente adotada no calendário juliano, implementado em 45 a.C. Durante o Império Romano, Júlio César introduziu o ano bissexto para corrigir descompassos no calendário solar. Posteriormente, com a adoção do calendário gregoriano em 1582, o sistema de anos bissextos foi aprimorado.
No calendário gregoriano, um ano é bissexto se for divisível por 4, exceto aqueles que são múltiplos de 100, a menos que também sejam divisíveis por 400. Por exemplo, o ano 2000 foi bissexto porque, apesar de ser divisível por 100, também era divisível por 400.
Essa correção é essencial para manter as estações do ano e os eventos relacionados a elas, como o plantio e a colheita, sincronizados com o calendário. Sem os anos bissextos, haveria um desalinhamento gradual das estações com o passar dos anos.
Por exemplo, se não existissem anos bissextos, em 700 anos o Natal no Brasil ocorreria no inverno, e não no verão, como é atualmente.
Além disso, o próximo ano bissexto após 2024 será em 2028. Porém, este ajuste no calendário, apesar de eficaz, não é perfeito, pois a cada 8 mil anos, ainda restará um dia extra no calendário gregoriano. Os cientistas esperam que no futuro uma nova regra ou mecanismo possa ser desenvolvido para corrigir essa pequena falha.
Há alternativas?
Então, uma alternativa ao calendário atual para corrigir a questão dos anos bissextos é o calendário com 13 meses. Essa proposta, criada em 1902 por Moses B. Cotsworth, apresentava um ano dividido em 13 meses de 28 dias cada.
A ideia incluía um novo mês chamado Sol, posicionado entre junho e julho, e um dia adicional a cada quatro anos, denominado “Dia do Ano”.
Por fim, este modelo tornaria cada mês e semana uniformes. Por exemplo, com todos os meses tendo sextas-feiras 13. George Eastman, fundador da Kodak, foi um grande apoiador, adotando esse calendário na Kodak de 1924 a 1989.
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