Qual é o bairro mais caro do Brasil e quanto custa morar lá?

Explorando o bairro mais caro do Brasil e as tendências imobiliárias futuras.

O mercado imobiliário brasileiro, especialmente em bairros de alto padrão, testemunhou um aumento significativo nos preços tanto de aluguel quanto de venda. Nesse sentido, um estudo realizado pelo QuintoAndar em 2023 revelou o bairro mais caro do Brasil, comparando com dados de 2022.

Foram registrados aumentos notáveis em áreas como Ipanema e Leblon no Rio de Janeiro, Centro Cívico em Curitiba e Setor de Clubes Esportivos Sul em Brasília.

Tendências de mercado e impacto das taxas de juros

Os preços de aluguel, segundo o QuintoAndar, atingiram o ponto mais alto desde 2019 nas seis capitais analisadas em 2023.

Thiago Reis, gerente de Dados do Grupo QuintoAndar, destaca que as taxas de juros elevadas, que se mantiveram acima de 13% até agosto, tiveram um impacto significativo nesse cenário. Isso resultou em um aumento da demanda por aluguel e, consequentemente, em uma elevação nos preços.

O topo do mercado imobiliário

O bairro do Leblon, especificamente, alcançou marcos históricos. No término de 2023, o aluguel médio por metro quadrado atingiu R$ 106,4, o mais alto registrado entre as seis capitais estudadas.

No que se refere à compra, o Leblon também lidera, com o metro quadrado custando, em média, R$ 22 mil, seguido por Ipanema (R$ 21 mil) e Itaim Bibi em São Paulo (R$ 17 mil).

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Desequilíbrio entre oferta e demanda

Um fator determinante para o aumento dos preços tem sido o desequilíbrio entre oferta e demanda. O estudo do QuintoAndar destaca que a escassez de unidades disponíveis, especialmente em bairros de luxo, tem impulsionado a valorização dos imóveis.

Com a adoção de modelos de trabalho remoto e híbrido, a procura por apartamentos maiores tem crescido. Isso representa uma mudança em relação à preferência anterior por imóveis menores.

Em São Paulo, por exemplo, apartamentos de três quartos apresentam um valor por metro quadrado inferior aos apartamentos de um único dormitório, apesar da sua crescente valorização.

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Crédito imobiliário e busca por aluguel

A busca por aluguéis tem se intensificado diante das dificuldades impostas pelo alto custo do financiamento imobiliário. Apesar da taxa Selic ter iniciado uma queda a partir de agosto, os juros ainda permanecem elevados.

Além disso, os bancos têm sido cautelosos em ajustar rapidamente suas taxas para empréstimos a longo prazo, como os financiamentos imobiliários.

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