Roma antiga: jardim de Calígula descoberto após 2 mil anos!

Jardim de Calígula é descoberto em Roma durante obras na Piazza Pia. Conheça essa fascinante revelação arqueológica

Recentemente, em Roma, arqueólogos fizeram uma descoberta excepcional durante a preparação para a inauguração de uma nova área para pedestres na Piazza Pia, agendada para 2025. Eles encontraram um jardim histórico que foi propriedade do Imperador Calígula.

Esse espaço, com mais de 2.000 anos, foi revelado após a remoção de uma lavanderia de 1.700 anos. O sítio é notável, com um caminho entre colunas e extensas áreas de cultivo, tudo delineado por uma parede de travertino e as bases de um pórtico que ainda hoje impressiona.

Uma inscrição no cano de água comprovou a relação do local com Calígula. A pesquisa indicou que a propriedade pertencia a Germânico, passando depois para Agripina, a Velha, e por fim, para Calígula.

Além disso, registros de Fílon de Alexandria destacam que Calígula recebia delegações nesse jardim, refletindo as complexas dinâmicas sociais e políticas de seu governo. Durante a escavação, também encontraram artefatos que incluem lajes de pedra e elementos decorativos de terracota, detalhando cenas da mitologia.

Os trabalhos na Piazza Pia devem ser concluídos até dezembro de 2024, e o local da antiga lavanderia será preservado e exibido próximo ao Castel Sant’Angelo.

Calígula, cujo nome completo era Gaius Julius Caesar Augustus Germanicus, foi um dos imperadores mais notórios de Roma, filho do popular general Germânico e Agripina, a Velha. Calígula  deixou como legado seu reinado breve e caótico, marcado por extravagância, crueldade e uma série de atos bizarros que deixaram uma marca indelével na história romana.

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Ascensão ao Poder

Calígula tornou-se imperador após a morte de Tibério, seu predecessor, em 37 d.C. No início, ele teve uma boa receptividade do povo romano, que esperava um retorno aos dias gloriosos de seu bisavô, Augusto. No entanto, seu comportamento logo se tornou errático e despótico, resultando em um reinado repleto de eventos absurdos e chocantes.

Eventos absurdos durante seu reinado

Proclamação de seu cavalo como Cônsul

3Um dos atos mais famosos de Calígula foi a nomeação de seu cavalo favorito, Incitatus, como cônsul. Ele construiu um estábulo de mármore para o cavalo e até mesmo uma casa com móveis luxuosos. Embora alguns historiadores acreditem que essa história possa ter exageros, ela simboliza a natureza excêntrica e o desprezo de Calígula pelas instituições romanas.

Declaração de guerra ao Deus Netuno

Em um dos episódios mais bizarros de seu reinado, Calígula supostamente declarou guerra ao deus do mar, Netuno. Ele ordenou que suas tropas atacassem as ondas do mar com lanças e coletassem conchas como espólios de guerra. Esse ato ilustra sua megalomania e a crescente instabilidade mental.

Tornar-se objeto de adoração como um deus

Calígula exigiu ser adorado como um deus em vida, algo inédito para um imperador romano. Ele mandou erguer estátuas de si mesmo em templos e até tentou colocar sua estátua no Templo de Jerusalém, o que gerou grande consternação entre os judeus. Sua insistência em ser tratado como uma divindade exacerbou o ressentimento e a oposição entre seus súditos.

Execuções arbitrárias

Calígula executou numerosas pessoas de forma arbitrária durante seu reinado. Ele frequentemente ordenava a morte de senadores e nobres por motivos triviais ou por simples suspeita de deslealdade. Sua imprevisibilidade e crueldade sem limites criaram um clima de terror em Roma, onde ninguém se sentia seguro.

Extravagâncias e gastos excessivos

Calígula gastou somas astronômicas em festas luxuosas, jogos e construções extravagantes. Ele esgotou rapidamente o tesouro do império com suas extravagâncias, incluindo a construção de enormes navios de recreio decorados com joias preciosas. Sua administração financeira irresponsável agravou os problemas econômicos do império.

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Fim do reinado

O reinado de Calígula chegou a um fim abrupto em 41 d.C., quando foi assassinado por membros da Guarda Pretoriana, a elite militar que inicialmente o apoiara. Seu assassinato teve como motivação a crescente insatisfação com sua tirania e loucura. Após sua morte, seu tio Cláudio o sucedeu, restaurando um certo grau de estabilidade ao império.

Legado

Calígula tem com legado o título de ser um dos imperadores mais infames da história romana. Seu reinado é um exemplo clássico de como o poder absoluto pode corromper e levar à tirania. Embora alguns relatos de suas ações possam ter exageros ao longo dos séculos, a imagem de Calígula como um déspota louco e cruel persiste, servindo como um lembrete dos perigos do despotismo e da instabilidade mental em posições de poder.

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