Mais do que curtidas: por que fazem ‘sadfishing’ nas redes sociais?

As redes sociais são uma parte essencial da vida dos adolescentes, mas novos comportamentos, como o sadfishing, estão causando preocupações. Mas, o que significa esse termo que tem se tornado tão comum na internet? O termo refere-se a usuários que exageram suas emoções online para gerar simpatia. Nesse sentido, fotos tristes, citações sombrias ou postagens vagas são exemplos comuns.

Origem do sadfishing

O termo sadfishing foi criado em 2019, após um post polêmico nas redes sociais. Onde uma figura pública descreveu uma “luta debilitante” contra a acne, que mais tarde se revelou uma campanha de marketing. Esse comportamento, rotulado como sadfishing, ilustra como algumas pessoas exageram suas emoções online para atrair atenção e simpatia.

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Por que os adolescentes fazem sadfishing?

Especialistas explicam que adolescentes recorrem ao sadfishing quando se sentem isolados e sem apoio. Eles podem não ter alguém com quem se sintam à vontade para compartilhar suas dificuldades, então se voltam às redes sociais. Liz Nissim-Matheis, PhD, aponta que esse comportamento indica uma sensação de isolamento emocional.

Um estudo de 2023 no BMC Psychology revelou que adolescentes que realizam essa prática mostram sinais de ansiedade e depressão, e baixo suporte social é um fator contribuinte. Curiosamente, meninos relataram maior tendência ao sadfishing aos 12 anos, mas essa tendência diminuiu com a idade, enquanto para as meninas aumentou.

Embora muitas respostas às postagens de sadfishing sejam positivas, algumas podem ser negativas, aumentando o estresse ou a ansiedade. Afinal, falhas em gerar simpatia podem levar ao ridículo e à zombaria, especialmente se as postagens forem autênticas. Esse comportamento pode expor adolescentes a violações de privacidade e comportamentos predatórios, além de interações online que podem estar ligadas a automutilação.

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Como os pais podem responder a essa prática

Para abordar postagens emocionais, é essencial conversar e entender os sentimentos dos filhos. Dr. Nissim-Matheis aconselha os pais a abordar com abertura e gentileza, sem apontar diretamente a postagem. Reforçar a importância de relacionamentos presenciais e limitar o tempo de tela pode ter efeitos positivos na saúde mental dos adolescentes.

A Associação Americana de Psicologia (APA) recomenda que os pais ativem configurações de privacidade e monitorem as contas dos adolescentes. Se necessário, procurar terapia privada, conselheiros escolares ou outros adultos confiáveis pode ser útil. Em casos extremos, sinais como postagens sobre dar itens pessoais ou promover automutilação exigem ajuda imediata.

Portanto, este é um comportamento preocupante entre adolescentes, refletindo sentimentos de isolamento e busca por atenção. Compreender e abordar essa prática de maneira sensível e informada é essencial para apoiar a saúde mental dos jovens e promover conexões saudáveis.

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Como ensinar seus filhos a usar as redes sociais de forma saudável?

As redes sociais são uma parte integral da vida moderna, especialmente para as gerações mais jovens. Ensinar os seus filhos a usarem as redes sociais de forma saudável é essencial para o seu bem-estar e desenvolvimento. Por isso, aqui vão algumas dicas para você.

Defina limites de tempo

Uma das primeiras etapas para garantir que o uso das redes sociais seja saudável é definir limites de tempo. Estabeleça um período específico do dia em que o uso das redes sociais é permitido e incentive atividades offline, como esportes e leitura, para equilibrar o tempo.

Eduque sobre privacidade e segurança

Ensine aos seus filhos a importância da privacidade online. Explique como configurar suas contas para serem privadas e discuta o que é apropriado compartilhar. Além disso, alerte sobre os perigos de aceitar solicitações de amizade de estranhos e a importância de não compartilhar informações pessoais.

Promova um comportamento positivo

Incentive seus filhos a serem gentis e respeitosos nas redes sociais. Explique o impacto do cyberbullying e a importância de tratar os outros como gostariam de ser tratados. Exemplifique comportamentos positivos e discuta a importância de ser um cidadão digital responsável.

Monitore e Dialogue

Manter um diálogo aberto é essencial. Monitore a atividade online de seus filhos, mas faça isso de forma transparente e com o consentimento deles. Discuta regularmente sobre o que estão vendo e fazendo nas redes sociais, e esteja disponível para responder a perguntas e preocupações.